O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (18) que uma reunião trilateral com Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, líderes de Ucrânia e Rússia, pode ocorrer “se tudo correr bem”. As informações são do g1.
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A declaração ocorreu durante o encontro com o líder ucraniano no Salão Oval da Casa Branca. Além de Zelensky, Trump recebe posteriormente sete líderes europeus para uma reunião na Sala Leste, considerada decisiva sobre a guerra na Ucrânia.
— Acabei de falar com o presidente Putin indiretamente, e vamos ter uma ligação telefônica logo após essas reuniões de hoje, e talvez tenhamos ou não uma reunião trilateral. (…) Putin está esperando minha ligação quando terminarmos esta reunião. Há uma chance razoável de que essa negociação avance. […] Se tudo funcionar bem hoje, teremos uma reunião trilateral — disse o presidente, no Salão Oval da Casa Branca.
O encontro acontece dias depois de Trump e Putin se reunirem em uma base militar no Alasca, movimento que não resultou em um acordo de cessar-fogo, principal objetivo da reunião. Foi a a primeira vez que Putin pisou em solo americano em quase dez anos, fato considerado uma vitória diplomática para o Kremlin, que estava à margem da comunidade internacional.
A data dessa reunião trilateral, contudo, não foi informada. Entre os assuntos debatidos pelos líderes nesta segunda estão a guerra na Ucrânia e garantias de segurança por parte dos EUA.
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Zelensky afirmou que está pronto para encontrar com Putin, fato que destacou diversar vezes nas últimas semanas.
O encontro foi menos tenso do que o que aconteceu no dia 28 de fevereiro, quando o ucraniano foi hostilizado por Donald Trump e o vice, JD Vance. Na época, ele foi criticado por não ter utilizado uma vestimenta formal, e usado o mesmo figurino que tem adotado desde o início da guerra com a Rússia.
Quem participa do encontro
Ao lado de Zelensky, estão presentes Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia).
Diplomatas ouvidos pela agência alemã Deutsche Welle afirmam que lguns desses líderes foram convidados também para tentar “amortecer” possíveis ataques verbais de Trump a Zelensky.
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O que está em jogo
A Ucrânia e a União Europeia buscam garantias concretas de segurança diante da ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Zelensky já reforçou que já irá ceder territórios e ue qualquer acordo precisa ser acompanhado de garantias internacionais semelhantes às do Artigo 5 da Otan, que prevê defesa coletiva em caso de ataque.
— A linha de frente é agora o lugar onde essas negociações podem começar — disse o presidente ucraniano neste domingo.
Trump disse no fim de semana que houve “grandes progressos” em sua conversa com Vladimir Putin, no Alasca. Entre os avanços estariam uma possível abertura por parte de Putin para discutir garantias de segurança no modelo da Otan.
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Um dia antes do encontro, os dois presidentes comentaram as propostas nas redes sociais. Enquanto Trump insistiu na ideia de que Zelensky aceite a proposta de Putin, de anexar territórios como a Crimeia e desistir de fazer parte da Otan, o ucraniano negou que cogita ceder terras aos russos.
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