Ainda antes do início da temporada de verão, as águas-vivas já começaram a aparecer ao longo da costa catarinense. Os animais geraram 44 ocorrências de envenenamento, chamado popularmente de queimaduras, dentro de um período de sete dias, de acordo com o relatório do Corpo de Bombeiros Militar, divulgado na terça-feira (26).
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A caravela-portuguesa, espécie de cor roxa e rosa de nome científico Physalia physalis, é a mais vista nas areias das praias. As águas-vivas têm maior incidência no verão, devido ao aquecimento da água, e acendem alerta para quem costuma tomar banho de mar.
— Tem que prestar um pouco de atenção à caravela porque ela pode causar envenenamento. Não quer dizer que vá ser mais grave, mas pode ser. E aí tem que procurar um auxílio dos bombeiros. Se tiver algo um pouco mais grave, obviamente procurar auxílio de emergência também — explica o o professor Alberto Lindner, responsável pelo laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Os animais costumam ficar em alto mar, mas podem ser trazidos até a costa conforme os ventos e o aquecimento da água, afirma o professor.
— À medida que vai esquentando, vai chegando mais perto do verão, os ventos e as massas de água de lugares mais quentes vão se aproximando de Santa Catarina e vão trazendo esses animais que vão encalhar — explicou.
Em Florianópolis, as águas-vivas tem maior chance de aparecer nas praias que estão viradas para o oceano, na costa leste da Ilha de Santa Catarina, enquanto que a parte oeste, virada para o continente, costuma ter menor presença desses animais.
Outras espécies
As medusas são outra espécie, além das caravelas, que costumam causar lesões em banhistas durante a temporada de verão. Uma espécie comum no mar catarinense é a a água-viva-leite, de nome científico Chrysaora lactea.
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O professor Alberto Lindner afirma, porém, que até o momento foram poucos registros da espécie no litoral do Estado. Ele explicou também que lesão causada pelos animais não se trata de uma queimadura, apesar da sensação.
— Dá uma sensação de queimadura, mas tecnicamente é um envenenamento. O que elas têm é veneno mesmo — destaca.
O professor explicou, ainda, que a balneabilidade das praias não interfere na presença dos animais.
— A gente tem registros de água-viva tanto com água mais suja quanto com água mais limpa. Claro que com a água mais limpa fica mais fácil a gente ver esses animais — afirma.
O que fazer caso for envenenado por água-viva
Quando há contato dos tentáculos de uma água-viva com a pele humana, o resultado é uma sensação de queimadura. A recomendação em caso de ferimento pelo animal é de procurar um guarda-vidas.
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Veja outras orientações:
- Proteja a mão e remova os tentáculos grudados na pele sem esfregar a região atingida, para não piorar a situação;
- Lave a região com a própria água do mar;
- Não utilize água doce, para não liberar mais veneno dos tentáculos;
- Para neutralizar o veneno e aliviar a dor, aplique compressa de vinagre por cerca de 10 minutos.
- Os postos guarda-vidas costumam ter vinagre.
*Com informações do g1 SC
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