O atacante Vinicius Junior, da seleção brasileira e do Real Madrid, foi chamado de “macaco” por um jornalista em um programa de TV da Espanha. A discussão tratava das comemorações do brasileiro após os gols.

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No Chiringuito Show, ao vivo, o jornalista Pedro Bravo se exaltou ao dar a sua opinião. 

— Tem que respeitar ao contrário, se quer dançar samba, vá fazer isso no Brasil. Aqui [na Espanha] tem que respeitar seus companheiros de profissão e deixar de fazer macaquice — disparou Bravo antes de ser contido por outro participante.

Com a repercussão negativa, Bravo pediu desculpas numa rede social. “Quero esclarecer que a expressão ‘macaquice’ que usei mal para descrever a dança de comemoração do gol de Vinicius foi feita metaforicamente (fazer coisas estúpidas). Como minha intenção não era ofender ninguém, peço sinceras desculpas. Sinto muito”, escreveu.

Vini Junior recebeu o carinho de amigos jogadores, como o de Neymar e de Raphinha, e disse que não vai parar de dançar e de ser feliz.

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Esse tipo de discriminação já aconteceu com nomes como Neymar e Daniel Alves. O segundo deles chegou a comer uma banana que foi jogada nele, em 2014, também na Espanha.

O número de casos registrados de racismo no futebol brasileiro também retomou a tendência de alta, reduzida anteriormente, em parte, por causa da pandemia de Covid-19.

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O Relatório da Discriminação Racial no Futebol de 2021 apontou 64 casos ocorridos no ano passado no país. Se incluídos também episódios de LGBTfobia, machismo e xenofobia, são 109.

Nos casos de racismo, a partir de 2017, o número foi de 43 para 47 (2018), depois para 70 (2019). Em 2020, foram 31. Em 2021, ainda com boa parte da temporada realizada com estádios sem público, o número chegou a 64.

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