O preço dos alimentos, do combustível e gastos com a educação puxaram a inflação em fevereiro de 2025 em Florianópolis, que ficou em 0,62%. O índice mensal é próximo da metade do registrado em janeiro (1,20%) e quase o mesmo de fevereiro do ano passado (0,59%). Os dados fazem parte do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag).

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Desde os primeiros meses de 2025, a inflação acumulada em Florianópolis chegou a 1,83%. O índice acumulado nos últimos 12 meses (6,66%) variou pouco, em razão da proximidade dos percentuais de inflação de fevereiro de 2024 e 2025. Mas se mantém alto, comparado a anos recentes, informou o levantamento. 

Educação e Transportes

A educação foi o grupo pesquisado com maior alta em fevereiro (8%). O crescimento está relacionado ao aumento das mensalidades, preço dos materiais escolares e outros valores ligados à educação e a volta às aulas. 

As mensalidades das escolas (cursos regulares) subiram quase 10%. Também houve alta significativa nos preços dos livros (8,4%) e artigos de papelaria (5,3%).

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Os preços ligados aos transportes novamente puxaram a inflação para cima, com alta de 1,15% em fevereiro. Mas desta vez, o aumento veio principalmente dos combustíveis para automóveis (4,67%). Houve ainda aumento em Florianópolis do óleo diesel (8,2%), gasolina (4,6%) e etanol (3,5%).

Além da alta dos combustíveis, o aumento nas passagens aéreas com origem e destino em Florianópolis (2,8%) e passagens de ônibus interestaduais e intermunicipais (2,4%) também contribuíram para a inflação dos transportes em fevereiro.

Alimentação

Os preços dos alimentos tiveram aumento de 1,02% em fevereiro – o dobro dos 0,51% de janeiro. A alta foi concentrada nos produtos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa (1,62%). Já as refeições em restaurantes e lanchonetes registraram um aumento de  0,11%. 

Os destaques ficaram para os tubérculos, raízes e legumes, grupo com o maior aumento entre os alimentos em fevereiro (7,5%), com foco na batata inglesa (20,8%). Em relação às frutas, os preços ficaram 3,2% mais caras no último mês, com destaque para a melancia (28,8%) e mamão (14,6%). Houve também altas expressivas em produtos como ovos vermelhos (10,4%), café solúvel (17%) e café em pó (16,4%).

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Outros preços

Além de educação, alimentos e transportes, houve aumentos menores em fevereiro dos grupos habitação (0,22%) e despesas pessoais (0,79%). Outros três grupos pesquisados tiveram quedas nos preços médios: artigos de residência (-1,30%), vestuário (-0,73%) e saúde e cuidados pessoais (-2,69%). Os preços dos serviços de comunicação ficaram estáveis.

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