O bolsonarismo fez da posse de Javier Milei na Argentina um trunfo e colocou na rua a campanha para as eleições municipais do ano que vem. Jair Bolsonaro (PL) circulou ao lado de Jorginho Mello (PL), Tarcísio Freitas (Repulicanos) e Claudio Castro (PL), e inaugurou o movimento para eleger o máximo de aliados em 2024 – mirando em 2026. Foi uma grande ação de marketing político pré-eleitoral.

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Bolsonaro aposta em Javier Milei como o prenúncio de uma nova onda ultraconservadora no mundo, e conta com isso para aumentar a zona de influência do bolsonarismo, que saiu arranhada das eleições do ano passado.

Bolsonaro diz que Jorginho é seu “governador favorito” em viagem para posse de Milei

A esta altura, no entanto, colocar todos os ovos na cesta de Milei pode ser uma operação de risco. Primeiro, porque o novo presidente estaria disposto a um governo mais pragmático do que prometeu nas eleições, o que pode frustrar o bolsonarismo radical.

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Segundo, porque a Argentina tem uma economia complexa e esgarçada por anos de recessão. Com Bolsonaro “colado” em Milei, um mau resultado do novo e exótico presidente pode fazer sombra sobre os bolsonaristas no Brasil.

Os detalhes da viagem de Jorginho à Argentina com Bolsonaro para posse de Milei

Outro ponto de atenção são as medidas econômicas que serão anunciadas por Milei. Especula-se que o novo presidente argentino proponha um aumento no imposto de importação na Argentina, de 7% para 30% – o que afetaria diretamente as relações comerciais com o Brasil.

A Argentina é um parceiro importante para Santa Catarina no mercado externo. No ano passado, foi o terceiro país que mais importou produtos catarinenses – o equivalente a US$ 820 milhões. Mudanças na tributação podem ser desastrosas para a parceria.

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