Dois casos escandalosos de estupro envolvendo dois dos maiores jogadores brasileiros dos últimos tempos tiveram desfecho nesta semana. Em comum, duas estrelas do futebol no banco dos réus. Robinho, que participou do estupro coletivo de uma jovem na Itália, em 2013, teve a prisão determinada pelo STF. Já a Justiça espanhola surpreendeu ao dar direito de fiança a Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher em Barcelona.
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As reações ao destino dos jogadores – a punição de um, e a não-punição de outro – servem como um termômetro do machismo que ronda por aí. Dê uma sondada ao redor. Como se posicionaram as pessoas que você conhece sobre as duas situações – especialmente os homens? Compreenderam a gravidade da violência praticada contra as vítimas? Ou “passaram um pano” para os estupradores porque são ricos, famosos, talentosos, e portanto “desejáveis”?
Há ainda os relativistas. Aqueles que vão questionar onde as vítimas estavam, como se vestiam, como se comportavam, se “deram mole”. Essas opiniões afloram quando os criminosos são símbolos de homens bem-sucedidos, que vivem e se expressam em um ambiente ainda muito masculino, como é o futebol. Saber o que pensam os homens com quem você se relaciona é uma maneira de se proteger.
Robinho é preso no Brasil por estupro cometido na Itália
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Também nos últimos dias, Santa Catarina registrou pelo menos dois casos de grande repercussão envolvendo estupros. Um deles, em Itajaí, onde um estuprador contumaz violentou duas jovens de 20 e 22 anos em uma trilha na Praia Brava. Outro, em Blumenau, em que a vítima foi estuprada e morta por um vizinho que a surpreendeu enquanto ela dormia.
Daniel Alves: Justiça concede liberdade provisória mediante fiança milionária
São crimes bárbaros, horrendos, e que provocam uma imediata onda de repúdio pela crueldade. Esses crimes e os que foram praticados por Robinho ou Daniel Alves partem da mesma premissa, a de que mulheres são objetos a serem desfrutados.
Na origem, não há diferenças entre o predador que sai que sai à procura de uma vítima para violentar e o homem que se aproveita de uma mulher embriagada, ou que se recusa a ouvir um não.
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