O mais recente mapa de avaliação de risco potencial para coronavírus, que será divulgado pelo Governo do Estado nesta quarta-feira (19), traz nove regiões em risco gravíssimo. São três a menos do que no relatório da semana anterior. Grande Florianópolis, Laguna, Extremo Sul e Alto Uruguai Catarinense foram reclassificadas para estado grave, o que muda as exigências em relação às medidas a serem tomadas.
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Já a região Oeste, que estava em estado grave na semana anterior, passou para gravíssimo. Seguem nessa classificação o Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Foz Do Rio Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Serra Catarinense e Xanxerê.
Em estado de alerta estão o Extremo Oeste. Planalto Norte e Médio Vale Do Itajaí. O documento informa, no entanto, que a maioria das regiões abaixo do nível gravíssimo está em índice 3 de classificação, o que as deixa muito perto de subirem de classificação.
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Seguindo a tendência das semanas anteriores, o isolamento social segue como o maior ponto de atenção no Estado. Todas as regiões estão em vermelho no mapa desse indicador, o que aponta baixa adesão. De acordo com os dados da plataforma In Loco, que avalia o índice de isolamento social em todo o país, Santa Catarina estava nesta terça-feira (18) em 36,8%, percentual considerado muito baixo e perigoso para um estado em fase de aceleração da pandemia.
Embora a tendência de aceleração permaneça, SC teve uma leve redução, de 5,8%, no número de casos ativos em comparação com a semana passada. São 9.948, contra 10.563 no relatório anterior. A taxa de transmissibilidade, no entanto, mostra que cada pessoa contaminada pode atingir outras 1,34. O que indica que o crescimento exponencial continua.
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Houve uma leve redução de 5,82% na quantidade de casos ativos de uma semana para outra, passando de 10.563 para 9.948. Entretanto, essa mudança não reflete na diminuição da gravidade das regiões. A Taxa de transmissibilidade, segundo o modelo epidemiológico, está em 1,34 indicando possibilidade de crescimento exponencial da transmissão.
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Os dados refletem na ocupação de leitos de UTI. O indicador que avalia esse parâmetro mostra nove regiões em nível gravíssimo de risco, e outras cinco em risco grave. Isso mostra que a maior parte do estado segue em situação crítica em relação à oferta de leitos de UTI – lembrando que pacientes de Covid-19 têm um período de internação em leitos de terapia intensiva mais extenso do que a média com que os hospitais costumavam trabalhar. Em toda Santa Catarina a média de ocupação é de 75%, com maior ou menor pressão sobre o sistema nas regiões.

O que muda
Esta é uma nova fase na gestão de risco no Estado, já que o governo lançou uma série de medidas a serem adotadas por cada município e região, de acordo com a classificação. As determinações não mudam muito em relação à lista de recomendações que era enviada aos prefeitos anteriormente. Mas, agora, elas estão expostas com mais clareza.
Para as cidades apontadas com risco gravíssimo as regras incluem a possível suspensão do transporte público intermunicipal e o encerramento das atividades em estabelecimentos que não atendam às normas sanitárias de prevenção. A circulação de ônibus municipais será definida pelos prefeitos. Fica proibida a abertura de cinemas, teatros e casas noturnas, o acesso de público a competições esportivas e a permanência de pessoas em espaços públicos, como parques, praças e praias, exceto para a prática de esportes individuais. Serviços públicos municipal, estadual e federal devem funcionar remotamente.
As regras são semelhantes para o nível grave. O que muda é que o setor público pode trabalhar de forma presencial, desde que respeitada a lotação de 30% do total de agentes públicos em exercício. A circulação dos ônibus intermunicipais fica liberada para as regiões em risco grave.
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Nas cidades que integram as regiões de risco alto para o coronavírus, o setor público nas esferas municipal, estadual e federal deve atuar com 50% do limite.
A classificação de risco da pandemia leva em conta o índice de isolamento social, a ampliação dos leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a testagem da população e o fluxo de atendimento.
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