A entrada em vigor da cobrança de taxa para a transmissão de energia solar excedente para a distribuidora de energia, a chamada “taxação do sol”, deixou muitos consumidores em dúvidas se ainda vale a pena investir em usina solar para reduzir a conta de luz. Mas esse investimento para geração da própria energia, que é de longo prazo e sustentável, segue vantajoso podendo atender consumo residencial, empresarial e abastecer carros elétricos.

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De acordo com Guilherme Costa, gerente executivo da Renovigi, empresa catarinense que é uma das líderes nacionais do setor e foi adquirida pela Intelbras em 2022, a tributação elevou pouco o custo ao investidor. Mas como os equipamentos para instalar as usinas estão ficando mais baratos a cada ano, uma diferença acaba, praticamente, compensando a outra.

– A gente percebe que existe uma dúvida. O pessoal, de fato ficou muito com essa questão de que vai “taxar o sol”. É uma preocupação que o consumidor tem. A gente está tentando ajudar nossos credenciados a explicar que, apesar disso, ainda é vantagem investir – afirma o executivo.

Pelo novo marco legal da geração distribuída, a lei número 14.300/22, a taxa custará o equivalente a 4,1% do total de energia injetada na rede. No ano que vem, 2024, sobe para 8,1%; em 2025 para 12,2%; em 2026 vai para 16,2%; em 2027 para 20,3%; e em 2028, sobe para 24,3%. Depois, terão que ser definidas novas regras.

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Segundo Guilherme Costa, uma usina solar residencial que tem vida útil de 25 anos, em 2022 era paga em sete anos e meio (payback) em Santa Catarina. Agora, com equipamentos mais baratos, é paga em seis anos e meio. Como a garantia dada pela empresa é de 25 anos, o investidor ainda terá quase duas décadas de energia barata. Além disso, o equipamento seguirá gerando energia depois disso e a economia continuará.

Em média, o custo mensal da integração com a companhia de energia é em torno de R$ 80 no Brasil. O valor do investimento para usina de uma residência com conta de luz entre R$ 700 e R$ 800 varia de R$ 27 mil a R$ 33 mil na  Renovigi.

Com o avanço desse tipo de projeto no Brasil, as alternativas para pagamento são diversificadas. Vão desde a quitação à vista até o financiamento bancário ou parcelamento de até 12 vezes no cartão de crédito. Quem opta por cartão, Guilherme Costa lembra que a vantagem inclui o acúmulo de milhas.  

Quem tem conta de luz alta, entre R$ 700 e R$ 1 mil por mês, ao investir em usina solar fará uma nova poupança com o valor que deixará de pagar na conta de luz. Muitas vezes, as cifras economizadas vão de R$ 700 a R$ 900 por mês. Uma parte considera um ganho mensal a mais, que pode ser na aposentadoria. Quem tem filhos pequenos, contabilizam para reduzir mensalidades escolares.

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Outra utilidade importante de usina solar residencial ou empresarial é para recarregar carros elétricos, o que acaba resultando em custo zero de combustível.

– No Brasil, essa alternativa ainda não é acessível para a maioria em função dos altos preços dos veículos elétricos, mas é um caminho sem volta. Alguns países já definiram limite para produzir e vender carros a combustão – observa Guilherme Costa.

Por isso, muitas famílias investem na usina solar da residência e já instalam carregador para carro elétrico.

Projetos para empresas garantem economia na conta de luz e, também, são diferenciais de sustentabilidade, o que ajuda a atrair mais clientes. Um exemplo é o projeto do Águas de Palmas Resort, em Governador Celso Ramos, litoral Norte de Santa Catarina.  

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O estacionamento solar, além do conforto da cobertura para 100 veículos, tem a opção de abastecer os carros elétricos gratuitamente. A usina com 813 módulos solares, instalada pela Renovigi, garante uma economia de R$ 33 mil por mês na conta de luz do hotel, que variava de R$ 40 mil a R$ 46 mil por mês.

Com 10 anos de atuação, a Renovigi deu um passo importante na expansão este ano com o início das operações de centro de distribuição em Jaboatão dos Gurararapes, Pernambuco. A empresa tem mais dois em atividade, um em Itajaí (SC) e outro em Louveira (SP). Outra novidade foi o lançamento de placa fotovoltaica com marca própria, a Reno-H 550, de 550w.

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