A realidade brasileira é de retração econômica nos últimos meses, mas Santa Catarina garantiu mais uma boa surpresa. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado para o período de 12 meses encerrado em setembro mostrou crescimento de 9,8%, isto é, um ‘pibão’, com 0,7 ponto percentual acima da projeção para o trimestre anterior, de 9,1%. O Brasil cresceu até setembro 3,9% segundo o IBGE.
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Por esse e outros números positivos de SC, o economista Paulo Zoldan, que coordena a área de indicadores da Secretaria de Estado da Fazenda (SDE), acredita que os catarinenses podem esperar um resultado azul para a economia do Estado em 2022. Isso apesar de fatos recentes, incluindo a alta da taxa básica Selic para 9,25% decidida quarta-feira, a continuidade da inflação, embora em menor ritmo, e a variante ômicron da Covid apontarem risco de resultado negativo para economia brasileira.
– As elevações da Selic são mais um obstáculo para o crescimento econômico no ano que vem, além dos que já temos como a inflação alta, custos de energia e combustíveis, que interferem em toda a economia. Mas, é muito possível que Santa Catarina feche no azul no próximo ano. Isso porque temos uma série de investimentos em andamento, inclusive públicos. Empresas estão se organizando para se instalar em Santa Catarina. É claro que algumas podem entrar no modo ‘espera’ em função das eleições, mas dá para ser otimista – avalia Zoldan.
O economista chama a atenção também para outros indicadores positivos como o fato de o setor público estar com as contas em dia. E olhando para o lado da demanda, as famílias catarinenses estão pouco endividadas.
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A última Pesquisa sobre Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), feita pela Fecomércio-SC, apurou que 39% das famílias de SC estão endividadas e 2,5% acham que não poderão quitar dívidas. São médias baixas e mostram potencial que elas têm para elevar consumo. O baixo desemprego no Estado também vai colaborar positivamente.
O Banco Central, agora com independência, está firme na busca da redução da inflação, que nos últimos 12 meses subiu 10,74%. Quando os preços pararem de subir, os consumidores voltarão a confiar e comprar mais, o que ajudará a melhorar a economia.
Cresceu o número de instituições financeiras que projetam queda do PIB brasileiro para o ano que vem, mas em meio a dificuldades do país em diversos setores econômicos, SC mantém ritmo maior, o que dá esperança para resultado positivo.