O profissional mais procurado pelo setor de tecnologia da informação no mercado catarinense e também o mais bem pago é o desenvolvedor de software, o mesmo que programador de sistemas. Foi isso que apurou pesquisa inédita feita pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), divulgada esta semana. Segundo o levantamento, até 2023, o setor vai gerar 16.612 novos empregos diretos nas áreas mais técnicas no Estado. Desse total, 9.303, o equivalente a 56%, serão para desenvolvedores de softwares.

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Quem informa as principais características necessárias para ser desenvolvedor de sistemas é um empresário que no começo da carreira atuou nessa função específica, o vice-presidente de Talentos da Acate, Moacir Marafon. Ele é cofudador da Softplan, uma das maiores empresas brasileiras de software, que tem sede em Florianópolis. Segundo Marafon, são necessárias as seguintes habilidades:

– Desenvolver raciocínio lógico

– Gostar de entender e de resolver problemas, ou seja, demandas reais

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– Ter um conhecimento mínimo de inglês técnico

– Ser curioso (a) para entender o funcionamento do que se deseja automatizar

– Se manter atualizado com as tecnologias do setor, que mudam, em média a cada 18 meses.

– Programa de computador é o conhecimento sistematizado do mundo real.

Moacir Marafon, que foi desenvolvedor de sistemas no início da carreira
Moacir Marafon, empresário que foi desenvolvedor de sistemas no início da carreira (Foto: Diorgenes Pandini, NSC, BD)

Um diferencial é que o salário de desenvolvedor é um dos mais altos do mercado. Para um profissional iniciante, o piso em Santa Catarina está em torno de R$ 3 mil, acima da média de outras atividades cujo salário mínimo estadual vai até perto de R$ 1.500. Programadores experientes têm média salarial de R$ 5 mil no Estado. E como é uma carreira globalizada, se a pessoa quiser trabalhar em empresas do exterior recebe salário inicial de US$ 5 mil, o equivalente a R$ 25 mil.

Setor de tecnologia de SC vai gerar 16,6 mil empregos até 2023, informa Acate

A Acate informa que não é necessário ter ensino superior para ser programador, embora boa parte dos empresários e profissionais do setor tenha graduação técnica. Marafon é engenheiro civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O mercado oferece alguns cursos para formação na área e outros estão sendo criados, inclusive com apoio do governo estadual. Além disso, a pessoa também pode aprender numa empresa que normalmente treina seus trabalhadores.

A formação em programação está sendo uma oportunidade de nova carreira para muitos profissionais. Além disso, empresários que não são graduados na área estão estudando para saberem liderar com mais eficácia equipes de tecnologia.