Além de confirmar a venda do Complexo Jorge Lacerda para a paulista Diamante Geração de Energia, a Engie Brasil Energia, em seu comunicado nesta segunda-feira (18), informou que concedeu à empresa uma opção de compra do projeto da Usina Termelétrica Norte Catarinense, em Garuva. O projeto prevê usina térmica a gás natural fornecido pelo Terminal de Gás Sul (TGS) unidade de regaseificação de Gás Natural Liquefeito que deverá entrar em operação em meados de abril do ano que vem.
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O TGS é um projeto que pertencia à multinacional norueguesa Golar Power e foi adquirido em janeiro deste ano pela multinacional norte-americana New Fortress Energy, a NFE. A licença ambiental de instalação foi concedida no final de maio pelo Instituto do Meio Ambiente de SC (IMA) e a obra está em andamento, devendo ficar pronta para operação em abril.
O principal obstáculo à conclusão nesse prazo seria eventual atraso no licenciamento. Mas o IMA informa que já emitiu as duas primeiras licenças para a empresa, inclusive autorizando o início das obras.
– Neste momento, o processo está sendo analisado ininterruptamente à medida que os empreendedores apresentam as informações complementares solicitadas pelo órgão. Desta forma, a equipe multidisciplinar de análise de licenciamento está em plena atividade de avaliação dos impactos ambientais de cada fase do referido processo – explicou o IMA para a coluna.
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O projeto de térmica a gás natural em Garuva prevê a geração de 600 MW, com consumo de aproximadamente 2,5 milhões de metros cúbicos. A unidade seria a principal cliente unitária do novo terminal de gás que começará com oferta de 15 milhões de metros cúbicos, resolvendo o déficit do insumo em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. O investimento na térmica previsto em 2018 era de US$ 600 milhões, o equivalente a R$ 3,3 bilhões atualmente.
Caso a Diamante Geração de Energia assuma o projeto, conseguirá dar um salto mais rápido para a geração de energia mais sustentável na Região Sul, com menos impacto de carbono. A empresa reconhece a necessidade da geração a carvão na atual crise hídrica, mas está interessada em investimentos em energia com menor impacto ambiental.