Para atender procura maior na área de saúde mental, o Hospital Dona Helena, de Joinville, acaba de inaugurar a primeira ala psiquiátrica de instituição privada no Norte de Santa Catarina. A unidade tem 20 leitos e ocupa um andar adaptado a esse serviço. Segundo o diretor-geral da instituição, Tadeu Chechi, essa expansão foi necessária porque pacientes psiquiátricos precisavam ser encaminhados para atendimento em outras cidades.

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A equipe da nova ala é integrada por psiquiatras, psicólogos, terapeuta ocupacional, enfermeiros e técnicos. Ela integra o Centro de Saúde Mental da instituição, coordenado pela psiquiatra Mônia Bresolin. Esse é um dos projetos do Dona Helena, que prevê investir até R$ 10 milhões este ano em novos serviços, entre os quais uma ampliação para oncologia e clínica de atendimento em bairro.

A ampliação de serviços mentais é necessária também porque houve um crescimento no número de casos de depressão e outros problemas na pandemia e uma parte desses casos requer atendimento hospitalar.

Além disso, apesar de ter população, a rede pública de saúde no Brasil tem reduzido o número de leitos psiquiátricos enquanto há um aumento no número de casos.

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A demanda por esse serviço é maior em todo o Brasil. Um estudo feito pelas psiquiatras Christina Fornazari da Unifesp e Martha Canfield, da King’s College, da Inglaterra, com supervisão do psiquiatra Ronaldo Laranjeira, apurou que de 2003 a 2019 foi registrado um crescimento de 340% no número de internações psiquiátricas involuntárias na cidade de São Paulo, o que foi considerada uma explosão, segundo publicação da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Ao todo, foram 65 mil casos e houve falta de leitos para internações.