O governador Jorginho Mello afirmou em Joinville na noite desta quinta-feira que está ouvindo a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc) e vai ouvir também o Conselho das Federações para saber como apoiar melhor os setores econômicos afetados pelo tarifaço de 50% dos Estados Unidos. O governador participou da sessão da Câmara de Vereadores de Joinville que concedeu o título de Cidadão Benemérito ao secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert.
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– Estamos fazendo um levantamento para poder fazer um checklist a fim de saber qual é o incentivo ou apoio que a gente precisa dar para as empresas atingidas – disse o governador
Segundo ele, estudo do governo apurou que Santa Catarina tem 872 empresas que exportam aos EUA. Mas ele comentou que a primeira impressão, depois do anúncio da lista dos setores impactados, com quase 700 exceções, é de que pode “não ser um bicho de sete cabeças” para a economia catarinense superar isso.
O secretário Cleverson Siewert também falou sobre o tarifaço. Destacou que o comércio exterior é super relevante para o estado porque responde por 30% da movimentação econômica. SC é o segundo maior importador, o décimo maior exportador do Brasil e 15% do que exporta vai para os Estados Unidos.
– O governador, preocupado com tudo isso, montou um grupo de trabalho cujas secretarias econômicas estão presentes – Fazenda, Planejamento, Indústria, Comércio e Serviço, Agricultura e os nossos bancos (Badesc e BRDE) – com tal sorte que a gente possa analisar os dados, transformar eles em informações e criar o melhor cenário possível – disse o secretário da Fazenda.
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– Nós precisamos ser assertivos, precisamos ser diretos, objetivos e é isso que estamos fazendo. Acho que o trabalho está quase pronto, a ideia é que entre segunda e e terça-feira a gente possa apresentar isso para o governador e aí ele vai dar o tom de como é que isso vai acontecer – afirmou Siewert.
O secretário da Fazenda reconheceu que a economia do estado poderá ser afetada com a tarifa de 50%, mas destacou que, ao mesmo tempo, Santa Catarina é resiliente e poderá dar a volta por cima. Entre as medidas estudadas pelo estado até agora para ajudar o setor produtivo afetado pelo tarifaço estão a devolução mais rápida de créditos de ICMS, postergação de recolhimento de imposto e linhas de crédito com juros subsidiados ou não.
Ao ser perguntado se acredita que mais setores poderão ser tirados da lista de 50% de alíquota de importação pelos EUA em breve, Jorginho Mello fez críticas políticas.
– Eu acho que a coisa está muito inflamada. Acho que, por enquanto, não serão tirados mais setores da lista. Eu gostaria que não fossem taxados, mas eu também tenho que admitir que nós, no Brasil, precisamos acalmar o jogo. A gente não pode esticar a corda como está sendo esticada. Todo mundo vai pagar a conta – declarou o governador de SC.
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