O empresário Roberto Angeloni, que faleceu no final da manhã deste domingo (28) em acidente de automóvel na BR-101, em Biguaçu, foi preparado desde criança para atuar na empresa da família, a rede Angeloni de supermercados. A notícia do seu falecimento neste domingo causou consternação à família, amigos e parceiros da rede supermercadista. Foi a segunda perda dos Angeloni em função de acidente. Em 2013, Maurício Angeloni, filho de Arnaldo, o outro sócio do grupo, faleceu após sofrer acidente doméstico com uma máquina de cortar grama.

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Empresário Roberto Angeloni morre em acidente na BR-101, em Biguaçu

Fundada pelo pai de Roberto, Antenor Angeloni, em 1958, em Criciúma, a rede Angeloni hoje é a segunda maior empresa do setor em Santa Catarina e a 13ª maior do país. Entre as várias funções que ocupou no grupo, o empresário, falecido neste domingo, foi presidente da rede por mais de cinco anos, a partir de 2003. Quando passou o cargo para o cunhado José Augusto Freta, assumiu a gerência de operações e fixou residência em Curitiba, onde atuou até a última semana.

Tanto Antenor, que fundou o grupo a partir de uma loja de secos e molhados, quando Arnaldo, irmão entrou depois no negócio, educaram os filhos trabalhando na empresa da família. Numa entrevista que me concedeu em 2008, Roberto contou que, aos 10 anos, já ajudava na venda de alimentos na loja pioneira. Para conhecer a teoria de gestão, ele fez graduação em administração na Esag-Udesc e MBA em administração global na Universidade Independente de Lisboa.

Pioneira na venda self-service de alimentos em Santa Catarina, a rede Angeloni tem posição relevante no varejo de alimentos em SC e no Paraná. Fechou 2019 com faturamento de R$ 2,8 bilhões. Conta hoje com 31 supermercados – dos quais cinco no Paraná – , 24 farmácias, nove postos de combustíveis e um centro de Distribuição em Porto Belo.

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> Amigos e empresários lamentam morte de Roberto Angeloni; veja relatos

A companhia, que completou 62 anos de atividades, oferece cerca de 10 mil empregos diretos e se consolidou pela qualidade e inovação em serviços. A última loja inaugurada foi a da Rua Bocaiúva, região central de Florianópolis, em abril deste ano.

Desde que assumiu a gestão de operações da empresa, Roberto Angeloni fazia, com frequência, a viagem na BR-101 entre Criciúma e Curitiba. Foi justamente dirigindo, um dos seus hobbies, que perdeu a vida.

Entre os que lamentam o acidente fatal está o piloto profissional de automobilismo André Gaidzinski, de Criciúma. Ele disse que Roberto Angeloni, que era seu parente, sempre gostou de esporte, especialmente ciclismo e automobilismo. O veículo da colisão de hoje é uma Mercedez modelo esportivo.

Roberto Angeloni não era casado e não tinha filhos. Deixou os pais, Antenor e Nolênia, os irmãos Cristina e Henrique, sobrinhos, tios e primos.

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A cerimônia de despedida será nesta segunda-feira, a partir das 9h, no Crematório Criciúma. A família informa que o momento será restrito, respeitando as orientações para que sejam evitadas as aglomerações. Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o grupo agradece as manifestações de pesar recebidas pelo falecimento de Roberto Angeloni e agradece pela mobilização de tantos amigos nesse momento difícil.

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