Infraestrutura diversificada e qualidade de vida atraem investimentos e, consequentemente, geração de riqueza. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios catarinenses divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável confirmam essa lógica, com impulso econômico maior na metade norte do litoral catarinense, há décadas apontada como uma das regiões com economia mais dinâmica do Brasil.  

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No período de 2002 a 2020, dez municípios dessa região norte do Estado alcançaram as maiores expansões na participação no PIB estadual. Integram esse seleto grupo Araquari, Navegantes, Barra Velha, Itapoá, Balneário Piçarras, Itajaí, Garuva, Treze Tílias, Camboriú e Botuverá. Juntos, em 2002, respondiam por 5,8% da riqueza estadual e, em 2020, saltaram para 14,9% de participação, apurou o economista da SDE, Paulo Zoldan. Essa concentração na região ocorre principalmente com atividades do comércio, serviços e indústria.

O município de Itajaí também se destacou em crescimento frente a média nacional. Na série 2002-2020, segundo a SDE, o município portuário catarinense foi o quarto que mais ganhou participação, com 0,3%.

– Os dados do PIB dos municípios de Santa Catarina de 2020 vêm comprovando uma tendência de concentração da produção de riquezas do Estado na faixa litorânea, notadamente entre a Grande Florianópolis e o Nordeste Catarinense. A região no entorno de Itajaí é a que mais cresceu e ganhou participação entre os maiores municípios, com crescente densidade econômica e populacional, enquanto outras áreas do Estado seguem perdendo dinamismo e densidade econômica e populacional – comentou em análise divulgada hoje o economista Paulo Zoldan, que coordena a apuração de dados do PIB estadual juntamente com o IBGE.

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A litoralização já tem impactos intensos na ocupação territorial e na logística, por exemplo. Entre Florianópolis e Garuva, já existe quase uma urbanização geral ao longo da BR-101. Essa tendência também tem sido destacada pelo secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, que acompanha há anos a evolução da receita tributária em todo o Estado.

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