Ter o negócio próprio é sonho de 60% dos brasileiros, segundo pesquisa do Sebrae destacada com frequência pelo presidente nacional da instituição, Décio Lima. Em Santa Catarina, do total de 250.524 novos negócios registrados em 2024, as mulheres abriram 55,7%. Mas outra pesquisa do Sebrae também chama a atenção: de cada 10 mulheres que empreendem, sete tomam essa iniciativa após a maternidade.
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A coordenadora do Sebrae Delas Mulher de Negócios Santa Catarina, Marina Barbieri, explica que são algumas realidades que levam a isso. Uma delas é que muitas mulheres que têm filhos acabam não sendo mais aceitas na empresa em que trabalhavam. Quando retornam da licença maternidade acabam sendo demitidas e acabam empreendendo por necessidade.
– Mas muitas mulheres também acabam buscando um propósito ainda maior depois da maternidade. Então, talvez os horários de um emprego formal já não ‘casam’, a questão da flexibilidade, os valores da empresa. Então, elas preferem buscar algo que é simplesmente a cara delas ou a cara, talvez, desse novo momento – afirma Marina.
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Outra motivação é que muitas mulheres são ou acabam ficando mães solo, sem marido ou companheiro para participar também da renda da família. Em 2022, o Brasil tinha 11 milhões de lares chefiados por mães solo, 14,9% dos domicílios do país.
A coordenadora do Sebrae Delas destaca que, apesar de a maioria das mulheres estarem cada vez mais qualificadas, com avanços na educação, talvez muitas ainda não tenham todo conhecimento para serem gestoras de negócios. Para isso, o Sebrae conta com uma série de cursos, consultorias e programas de formação que possam colaborar para que essas empreendedoras tenham mais condições de desenvolver negócios mais prósperos.
Marina Barbieir aconselha ainda que é importante o desenvolvimento continuado e o estabelecimento de network. O Sebrae Delas é um programa de aceleração para aumentar o sucesso de negócios liderados por mulheres. Em SC, além de consultorias, o programa faz um evento estadual em outubro com uma série de palestras. Este ano, será nos dias 30 e 31 de outubro, no Centrosul, em Florianópolis.
Desafio empresarial e também público
Entre as razões do desligamento de mães no retorno da licença maternidade, uma está ligada à decisão de empresas de não terem colaboradoras com risco de faltar mais vezes para atender a família. Entre os casos, estão empresas pequenas, com poucos colaboradores, que ficariam com atuação limitada na eventual ausência mais frequente de uma trabalhadora. Mas essa não é uma responsabilidade apenas da empresa, mas também do poder público que não oferece creche ou educação o dia inteiro para as mães poderem trabalhar.
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Antonietas
Antonietas é um movimento da NSC que tem como objetivo dar visibilidade a força da mulher catarinense, independente da área de atuação, por meio de conteúdos multiplataforma, em todos os veículos do grupo. Saiba mais acessando o link.
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