Os altos preços do gás natural no Brasil e em SC estão motivando empresas a buscarem outras alternativas energéticas ou impondo perda de competitividade nacional e internacional. Atualmente, o preço do insumo em Santa Catarina e até 4,6 vezes mais caro do que no México, Argentina, Estados Unidos e Egito. O alerta foi feito pelo presidente da SCGÁS, Otmar Müller, no seminário “Desafios e Soluções para Integração Gasífera Regional, realizado pelo Ministério das Minas e Energia (MME) dia 22, em Brasília.
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No evento, participaram representantes de governos, agências reguladoras, distribuidoras e comercializadoras para discutir o fortalecimento da malha de gás natural na América do Sul. Também participaram representantes da Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile e Uruguai.

Otmar Müller apresentou o tema “Desafios tarifários para o aumento da demanda regional” em painel que discutiu gargalos do setor e perspectivas das distribuidoras nessa área. Ele defendeu mudanças estruturais para garantir maior competitividade ao gás natural em Santa Catarina.
Segundo ele, essa diferença tarifária e a alta carga tributária estão impondo à indústria catarinense perda de competitividade e gerando dificuldades para a distribuidora. Clientes estão migrando para o uso do GLP, que é menos ecológico que o gás natural ou instalando indústrias em outros estados e países. No caso do gás natural veicular, os motoristas reduzindo o uso do insumo.
Para enfrentar isso, Otmar Müller destacou que a SCGÁS tem tomado uma série de medidas. Uma delas é a contratação de volumes flexíveis com redução do custo da molécula, renegociação de contratos e repactuação da quantidade diária contratada. Também fez uma substituição parcial do contrato que mantém com a Petrobras.
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Essas medidas todas permitiram à companhia proporcionar uma economia de R$ 68,8 milhões para o mercado de SC, com redução de 3,8% no valor da aquisição do gás natural. Mas se comparado com preços de outros países, a desvantagem segue expressiva.
Os painelistas também defenderam avanços urgentes na regulação do setor. Entre as medidas defendidas estão flexibilização nos contratos de transporte, revisão das tarifas dos gasodutos e integração da malha.
– Santa Catarina está nas extremidades do sistema nacional e sofre com penalizações logísticas e econômicas. Precisamos de ações urgentes para sustentar o crescimento da nossa indústria e atrair novos investimentos – enfatizou Otmar Müller no evento.
O presidente da SCGás passou a participar mais em fóruns de discussão do setor em nível nacional para buscar soluções a esses desafios do setor em SC. Por isso essa participação no evento do Ministério das Minas e Energia e também a participação, como suplente, do Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Minas e Energia (FNSME).
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