Tarde de quinta-feira, 29 de dezembro de 2022. Esse foi o último tempo da vida de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, jogador do futebol-arte que se tornou a maior marca do Brasil no exterior, o rosto mais conhecido e respeitado do país há 64 anos. Pelé virou marca internacional quando estreou na Seleção Brasileira na Copa de 1958, surpreendendo o mundo em estádio na Suécia, ao “voar” e girar no ar para fazer gols como ninguém.

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Aquele menino de 17 anos desbancou seleções favoritas como Alemanha, União Soviética e os próprios anfitriões. Mas foi além: mostrou uma forma única de jogar futebol que encantou e encanta admiradores do esporte. Além disso, incluiu o Brasil entre os favoritos das próximas copas do mundo, vencendo as de 1962 e 1970.  

Muito obrigado, Pelé. Muito obrigado, meu eterno Rei

Foi na Copa de 1970 que o brilhante jogador passou a ser chamado de “Rei” do futebol, um dos “cargos” que o eternizam. A propósito, na presença dele, presidentes, primeiros-ministros, rainhas e reis se curvavam, deixavam suas pompas de lado para reverenciar e reconhecer o atleta extraordinário.

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Obrigado, Rei Pelé!

Quando veio ao Brasil, a Rainha Elizabeth II assistiu a uma partida em que Pelé jogou. Quando foi visitada por ele em 1997, na companhia do presidente Fernando Henrique Cardoso, fez questão de condecorá-lo.

Nos EUA em 1986, ao acompanhar o então presidente José Sarney em visita à Casa Branca, foi convidado pelo presidente Ronald Reagan para uma troca de passes no jardim. O Rei do futebol esteve com muitos chefes de estados famosos, que fizeram questão de fazer fotos ao seu lado.

Diversas pesquisas mostraram e ainda mostram que o rosto de Pelé é um dos cinco ou 10 mais conhecidos do mundo. Motiva alegria e admiração para chineses, japoneses, alemães, mexicanos e muitos outros.

Entre os que amam futebol, as referências ao também reconhecido como “Atleta do Século”, não são pequenas. Muitos desses admiradores, quando desafiados a fazer uma lista dos melhores jogadores de futebol do mundo, citam uma lista, mas dizem que Pelé não pode estar nela porque é o “Deus” do futebol.

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Pelé viveu do jeito dele. Trabalhou em poucos clubes do Brasil e exterior, era atento aos problemas sociais e defendia a educação de qualidade para todas as crianças. Além disso, cuidava da marca Pelé, que passou a gerar renda com a presença dele em campanhas publicitárias.   

O patrimônio do Atleta do Século estaria estimado em US$ 100 milhões (R$ 529 milhões) conforme o site Celebrity Net Worth, que revela riqueza de artistas, informa a Folha. Pelé fez propaganda para diversos produtos, desde alimentos até automóveis. Uma empresa, a Legends 10, faz a gestão da sua marca no mundo desde 2012.

Agora, com a morte do Rei, a expectativa é de que boa parte dos negócios continuem. Existe um reconhecimento de que a marca Pelé podia ter rendido mais, não só em geração de renda para a família, mas, também, para projetar marcas brasileiras no mundo.

Agora, com o falecimento de Edson Arantes do Nascimento, como ele próprio dizia, Pelé é eterno e continua. Então, sua marca que “voou” para o mundo na Copa da Suécia de 1958 ainda pode ser associada a produtos e serviços e seguir gerando renda e impacto social, também com a Fundação Pelé, mais voltada à educação.  

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