O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou nesta segunda-feira (10) mais uma decisão acelerara sobre tarifas. A taxação de 25% para o aço e o alumínio importados pelo país a partir de 12 de março vai favorecer fabricantes americanos desses produtos, mas também causará aumento em cascata nos preços de uma série de itens aos consumidores da maior economia do mundo.
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O Brasil, que é um dos maiores exportadores de aço e alumínio aos EUA, além de perder vendas deverá sofrer as consequências da crise que essa guerra tarifária vai causar na economia mundial. Santa Catarina não será afetada diretamente porque não exporta esses itens ao país, mas sofrerá impactos indireto na sua economia.
Há décadas os Estados Unidos não produzem todo aço que consomem e importam, impondo tarifas elevadas. Um dos itens que compram do Brasil, o aço com costura, é tributado em quase 104%.
A atenção do governo Trump para o aço e o alumínio ocorre porque esses itens integram a indústria de base, ou seja, são usados na fabricação de produtos industriais de uma diverso de setores. Por isso ele diz que são produtos politicamente importantes.
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No caso do aço, é utilizado para fabricar desde talheres, pregos, embalagens de alimentos, até eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis, máquinas e equipamentos, usinas solares, móveis e na construção.
Essa política tarifária deve causar inflação, que é combatida com alta dos juros pelo banco central dos EUA. E quando ele eleva juros, atrai investidores de capital do mundo todo, o que eleva a cotação do dólar em outros países, entre os quais o Brasil. E isso eleva inflação e juros também por aqui.
Uma consequência que pode ocorrer é a queda do preço do aço no mercado brasileiro, que resulte em produtos industriais mais baratos aqui. Mas é cedo para afirmar isso porque, dependendo do nível de recuo da produção, a oferta também pode cair com a desligada de fornos das siderúrgicas e os preços podem seguir no patamar atual.
O governo brasileiro sinalizou que não vai retaliar imediatamente os EUA com alta de tarifas de importação. Vai esperar para negociar talvez quotas, como ocorreu no primeiro mandato do republicano quando ele aumentou tarifas do aço também em 25% em 2018. Esta é uma fase de incerteza que inibe decisões econômicas.
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Antes da posse do republicano, há menos de um mês, a maioria do mundo esperava mais diplomacia e um ritmo menor nas decisões de aumento de tarifas, a exemplo do primeiro mandato de Trump. Agora, a maioria olha para essa guerra tarifária e vê redução da atividade econômica nos Estados Unidos, com impactos negativos no mundo todo.
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