O lançamento da campanha “Aqui não” para acabar com a violência contra a mulher, realizado nesta terça-feira (18), motivou a primeira adesão de empresa ao protocolo “Não é Não” do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A pioneira é a Betha Sistemas, de Criciúma, do setor de tecnologia da informação.
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A adesão foi anunciada pelo cofundador e conselheiro da empresa, César Smieleviski, que também é vice-presidente da Facisc, a Federação das Associações Empresariais de SC, uma das protagonistas da campanha “Aqui não”. Além da federação, a campanha conta com as participações do MPSC, mas apoio do governo do estado e da NSC, por meio do movimento Antonietas.
– Aderimos a esse movimento porque estamos conhecendo agora os números estarrecedoras de Santa Catarina. É um contraponto em relação à condição socioeconômica do nosso estado. Nós, na Betha Sistemas, somos em 650 colaboradores diretos e 400 indiretos espalhados pelo país. Com certeza, algum problema dentro dessa estrutura, no que diz respeito à violência contra a mulher, deve ter. Então, é obrigação nossa, não só na Facisc, mas também nas nossas empresas, implantarmos esse protocolo de proteção às mulheres – afirma César Smieleviski.
O empresário, que já presidiu a Associação Empresarial de Criciúma, onde liderou diversos movimentos, está otimista sobre os impactos positivos esperados pela campanha “Aqui Não”.
Em Santa Catarina esse movimento pelo protocolo “Não é Não” é liderado pelo Ministério Público do estado e tem à frente a promotora de Justiça Chimelly Louise de Resenes Marcon. Ela coordena o Núcleo de Enfrentamento a Violências e Apoio às Vítimas (NEAVIT).
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– Nos últimos cinco anos, foram mais de 360 mil registros de violência, mais de 3.800 estupros e mais de 310 feminicídios. Um feminicídio nunca é o início de uma trajetória; muitas vezes, ela começa muito antes, com uma importunação aparentemente simples. É por isso que o Protocolo ‘Não é Não’ nasce pactuado como um instrumento claro e alinhado à legislação vigente, estabelecendo diretrizes para um primeiro atendimento humanizado – destacou Chimelly Marcon.
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