Os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil para atendimento às pessoas na ponta, nas chamadas unidades básicas de saúde, são reconhecidos internacionalmente pela qualidade. Contudo, não conseguem atender a todos que necessitam, especialmente nas comunidades mais pobres e mais populosas. A inclusão da participação privada por meio de Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) pode ser uma solução eficiente para universalizar o atendimento.

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Governo Bolsonaro libera estudo sobre privatização de unidades básicas do SUS

Santa Catarina, apesar de ter um dos melhores serviços de saúde pública do país, também enfrenta dificuldades nas maiores cidades. Segundo fontes da coluna, em Florianópolis, pessoas que residem no Bairro Rio Vermelho, por exemplo, reclamavam antes da pandemia porque tinham que ir de madrugada na fila para poder consultar no mesmo dia e nem sempre conseguiam. Os encaminhamentos de exames, muitas vezes, eram perdidos e cirurgias eletivas nunca foram marcadas.

O governo catarinense vê nas Parcerias Público-Privadas (PPPs), modelo semelhante ao de PPIs, uma alternativa de solução para melhorar o serviço público hospitalar da Grande Florianópolis. O então governador Carlos Moisés lançou no ano passado o projeto do complexo hospitalar no bairro Agronômica para sediar quatro hospitais, com gestão via PPI. A inspiração veio no modelo do Hospital do Subúrbio, de Salvador, Bahia, inaugurado pelo governo do PT em 2010, que é referência. Ele foi premiado pela ONU em 2015 pela eficiência dos serviços à população.

Alguns contratos de gestão privada no setor público de saúde deram errado em SC e no Brasil. Mas o modelo de negócio permite a substituição rápida quando ocorrem problemas. Como saúde é fundamental, as pessoas precisam ter acesso rápido aos serviços quando necessitam, não importa se o prestador é público ou privado. O dinheiro usado será público.

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