O surto de coronavírus detectado nos últimos dias na Casa São Simeão chamou atenção para a vulnerabilidade dos residentes em asilos de Blumenau. Segundo a Vigilância em Saúde do município, 17 das 21 instituições (81%) de longa permanência para idosos já tiveram casos positivos de Covid-19. O número total de pessoas infectadas e de mortes nesses locais não foi divulgado até o momento.
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Idosos e portadores de males crônicos, como diabetes e hipertensão, estão entre os grupos com maior risco de desenvolver quadros graves da doença. Segundo a direção da São Simeão, três pessoas morreram e outras duas estão internadas em hospitais. Ao menos 37 dos 76 moradores testaram positivo, assim como 18 funcionários.
Segundo a Vigilância, no dia 20 de julho houve notificação dos primeiros casos leves na São Simeão. Desde então, houve cinco rodadas de testes na instituição, que fica no bairro Escola Agrícola. Porém, somente pacientes sintomáticos fizeram o exame RT-PCR, que consegue detectar o vírus ativo. Todos os demais foram submetidos a testes rápidos, que apenas identificam se a pessoa já desenvolveu os anticorpos — ou seja, teve contato com o coronavírus no passado.
A Vigilância afirma que isolou os casos positivos, seguindo precauções determinadas por portarias estaduais. Também foram suspensas visitas de familiares, inclusive as que eram feitas a distância, no portão. Mas as ações não foram suficientes para impedir o surto.
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Agora, a São Simeão está solicitando aos familiares que levem os residentes para casa até que a situação se normalize. Nas redes sociais, parentes de idosos têm criticado a direção por não bloquear a entrada do vírus mesmo obrigando um isolamento prolongado.
A Vigilância garantiu que “todas as instituições são constantemente monitoradas e, desde o início da pandemia, recebem orientações sobre os procedimentos de segurança para evitar a disseminação do coronavírus”.