Pandemia de Covid-19
Blumenau perdeu para a Covid-19, somente no mês de julho, um número de vidas equivalente ao que a tragédia de 2008 levou. Foram 24 mortes naqueles dias terríveis de novembro. O coronavírus também supera a enxurrada da Rua Belo Horizonte, no Garcia, em 1990, quando 20 pessoas desapareceram sob água e lama numa noite de outubro.
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Dirão alguns: "Mas aquelas mortes aconteceram todas em um, dois dias". Verdade. Compare-se, então, com as enchentes de 1983, que duraram mais de um mês. Oito pessoas morreram naquela hecatombe.
O total de óbitos pela Covid-19 já superou a casa dos 30 e não há indicativo de que vá parar tão cedo, mesmo com medidas restritivas.
"Por que ninguém fala do trânsito"?. No ano passado inteiro, acidentes mataram 29 pessoas. A imprensa noticiou todos eles. Mesma coisa para os 32 homicídios.
Pelo número atual de internados em leitos de UTI, já é possível antever que a Covid-19 matará, em 2020, mais que suicídios (cerca de 40 por ano) e, provavelmente, mais que câncer de mama (50). Mais que todas as doenças virais reunidas.
É possível que o novo coronavírus só fique abaixo das principais doenças do aparelho circulatório, como acidente vascular cerebral. Talvez pneumonia e câncer de pulmão.
Claro, a experiência com o vírus Sars-Cov-2 tem demonstrado que doenças pré-existentes aumentam a chance de o paciente não resistir. Relativizar a pandemia por isso, no entanto, significa dizer que diabéticos, hipertensos, asmáticos e até portadores de doenças curáveis, como tuberculose (uma única morte em 2018), estiveram sempre à beira da morte. Não é razoável.
Para quem ainda acha que a Covid-19 é uma gripe comum: o vírus H1N1 matou, na pandemia de 2009, 10 pessoas em Blumenau.
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