Blumenau virou quebra-galho para o esporte de Santa Catarina em 2022, no melhor sentido da expressão. De olho na municipalização do Sesi, a cidade resolveu dois grandes problemas para a Fesporte. No início de julho, promoveu os Jogos Escolares Paradesportivos (Parajesc), que Itajaí havia desistido de receber. Agora, comprometeu-se a sediar os Joguinhos Abertos de Santa Catarina, marcados para 15 a 25 de setembro, no lugar de Chapecó.
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A disposição de Blumenau em quebrar galhos sublinha a importância que tem o Complexo Esportivo do Sesi para Santa Catarina. Nenhum outro município conta com estrutura tão grande e diversificada para competições. A mesma estrutura que a prefeitura pretende comprar do Sesi, pagando R$ 31,3 milhões — destes, R$ 30 milhões virão do governo estadual. A entidade do setor industrial já avisou que não tem interesse em manter a praça esportiva.
No fim do mês, o Conselho Nacional do Sesi decidirá se o negócio pode ser fechado nos termos acordados entre Blumenau e o Sesi-SC. Como o colega Pedro Machado revelou, para que isso aconteça será necessário vencer tese corrente no Sesi nacional de que o município deveria pagar também pelo terreno, e não só pelas benfeitorias — foi Blumenau quem doou a área para a entidade, nos anos 1970, sob a condição de que fosse usada para o esporte. Neste caso, a conta seria mais alta.
Com ou sem a participação do Sesi na gestão, o município está demonstrando que o complexo esportivo ainda é útil para Santa Catarina, e que pode ser ainda mais. Em 2024, Blumenau quer receber outra vez os Jogos Escolares da Juventude, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
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Joguinhos
Segundo a prefeitura, o governo do Estado comprometeu-se a bancar todas as despesas com a realização dos Joguinhos Abertos 2022. São esperados cerca de 4 mil atletas, técnicos e dirigentes esportivos, que circularão pelo Sesi, mas também por outras arenas e clubes da cidade.
Como não houve tempo suficiente para adequar o calendário de competições às férias escolares, será preciso hospedar os visitantes na rede hoteleira. Além de não gastar, Blumenau vai faturar.
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