Se não houver surpresa de última hora, o vereador novato Egídio Beckhauser (Republicanos) deve ser escolhido para presidir a Câmara de Vereadores de Blumenau nesta sexta-feira (1º). Integrante da coligação que elegeu o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), ele lidera uma chapa que se declara independente. Porém, pela volatilidade das negociações, a Mesa Diretora pode até ser eleita em consenso.
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> Quem são os 15 vereadores eleitos em Blumenau.
O lançamento da chapa que Beckhauser encabeça, há duas semanas, virou o jogo na composição da Mesa Diretora. O governo tinha interesse em construir consenso desde o início, mas pretendia dar as cartas na negociação. Em resposta ao lance, articulado por Bruno Cunha (Cidadania), Almir Vieira (PP) e parlamentares de primeiro mandato, os governistas primeiro tentaram desfazer o acordo posto. Beckauser e a candidata a vice, Silmara Miguel (PSD), foram os mais assediados para mudar de lado.
Sem sucesso, nos últimos dias as conversas mudaram de rumo. Vereadores próximos do Executivo negociam assentos na Mesa já montada, que pode acabar tendo o apoio de todos os parlamentares. Outra hipótese é integrantes do governo disputarem, em candidatura avulsa, os cargos de primeiro e segundo secretários, contra Almir Vieira (PP) e Ailton de Souza (PL), respectivamente.
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Beckhauser acredita que a resiliência da candidatura dele tem a ver com a baixa rejeição entre os colegas:
— Transito nos dois lados, não tenho objeção de ninguém. Aparentemente, pelo menos. É claro que é precoce, acompanhei outras eleições e sei que tudo muda muito rápido.
Natural de Armazém, no Sul de Santa Catarina, Egídio Beckhauser foi atleta e técnico de futsal. Atuou por três anos como secretário de Esportes antes de filiar-se ao Republicanos e disputar a eleição para vereador.
O candidato a presidente diz que passou os últimos dias lendo o regimento interno e estudando a estrutura do Legislativo. Os oito vereadores que lançaram a chapa alternativa concordaram em reduzir o duodécimo (parcela do orçamento municipal que a Câmara tem direito) de 5% para 3,5%, além de outras medidas de redução de custos. Mas é cauteloso ao falar sobre a implementação delas. Pretende fazer as coisas com calma, ouvindo os 14 colegas.
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Tudo isso se for confirmado presidente na sessão desta sexta, logo após a posse dos eleitos.
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