
ROBINHO E FIEDLER
Dois ex-vereadores de Blumenau afastados da política há cinco anos estão de volta aos holofotes, mas agora como investidores. Robinsom Soares, o Robinho, e Fábio Fiedler têm participado de concorrências para assumir concessões públicas por meio da empresa em que são sócios, a Insight Gestão e Consultoria. A dupla já garantiu o contrato da futura Estação Blumenau, ao lado da prefeitura, e integra o consórcio vencedor do edital do Centro de Convenções de Balneário Camboriú.
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Nesta semana, apresentou proposta, em outro consórcio, para gerir o licenciamento da marca Oktoberfest Blumenau. A Insight também disputou a licitação da Praça Doutor Blumenau e está de olho em novos editais, em Santa Catarina e outros estados brasileiros.
Robinho diz que a experiência em cargos públicos contribuiu para a decisão de especializar-se em concessões. A Insight existe desde 2013, assessorando municípios e empresas. Recentemente decidiu atuar como concessionária, reunindo capital de parceiros ou formando consórcios para assumir bens públicos. Embora os primeiros negócios sejam na área de turismo e eventos, não há uma atividade preferida.
Em Balneário Camboriú, a Insight é sócia da Quality Empresarial, administradora do espaço de eventos Arena Petry, em São José. Os blumenauenses entraram no negócio apenas com a expertise em licitações, sem aporte financeiro, segundo Robinho. São minoritários, mas têm assento no Conselho de Administração.
Na Estação Blumenau, Robinho e Fiedler reuniram capital com investidores parceiros e assumiram a tarefa de reconstruir uma réplica da estrutura que recebia os trens, no século passado. Um anteprojeto do espaço, com restaurante, confeitaria e loja de souvenirs, já foi aprovado pelo município. O aporte previsto no edital é de R$ 1,5 milhão, a ser descontado do aluguel de R$ 8,7 mil mensais.
Nos dois casos a empresa trabalhará com capital privado. Robinho enfatiza que a Insight não atuará como fornecedora do poder público. Ou seja, não receberá dinheiro de municípios ou do Estado.
— A gente não quer participar de processo que dependa de recursos da prefeitura, a grosso modo. Eu fui político e vão dizer que tem sacanagem nisso — supõe.
O ex-vereador diz que a concorrência pelos contratos públicos ainda é baixa, pela insegurança jurídica. Mas uma vez conquistado o contrato, empresas têm manifestado interesse em participar das operações.
No caso da marca da Oktober, os ex-parlamentares criaram um consórcio com a DP Gestão e Consultoria, do também blumenauense Deusdith de Souza Júnior. Eles disputam com a Genova Gestão Empresarial, de Florianópolis, o direito de explorar licenciamentos.
Robinsom Soares e Fábio Fiedler deixaram a Câmara de Vereadores em 2016. Ambos afastaram-se da política após oito anos de desgaste por um processo na Justiça Eleitoral que resultou da Operação Tapete Negro — eles foram inocentados em 2020. Questionado se pretende retornar ao serviço público algum dia, Robinho diz que sente falta da vida agitada, mas não o suficiente para trocar a vida de empresário pela exposição intensa da política.
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