Fiscais da prefeitura de Blumenau fecharam a Alumetal, indústria que tem como sócio o vereador Carlos Wagner, o Alemão (União). Na segunda-feira (19), servidores da Secretaria do Meio Ambiente e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) apontaram supostas irregularidades no gerenciamento de produtos químicos, problemas em alvarás e profissionais sem equipamentos de proteção individual (EPI). O parlamentar nega irregularidades e acusa o governo de perseguição política.

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A Alumetal tem cerca de 50 funcionários atuando em três turnos, no bairro Vorstadt. Fabrica etiquetas metálicas para empresas de todo o Brasil. Carlos Wagner diz que a administração da companhia está a cargo da sócia desde 2021, quando assumiu cadeira na Câmara. Ele espera reverter a decisão na Justiça.

— Cada dia fechado representa R$ 70 mil em prejuízo. É óbvio que há perseguição políica — protestou.

Opositor

O parlamentar tem sido a voz mais crítica ao governo Mário Hildebrandt (Podemos) na Câmara de Vereadores. Na semana passada, por exemplo, foi à tribuna contestar a viagem do prefeito à Oktoberfest de Munique. Mesmo sem transmissão da TV Legislativa, Wagner solicitou as imagens da fala e publicou nas redes sociais.

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Alemão também é alvo do Conselho de Ética da Câmara de Blumenau e do Ministério Público por ter empregado um chefe de gabinete que, no horário de trabalho, dava aulas na Uniasselvi e advogava. Ele afirma que o servidor compensava horas extras no horário em que se ausentava.

Nota da prefeitura

A Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) informa que, após denúncias de mau cheiro e ruído, recebidas via ouvidoria, uma equipe técnica do município, atendendo o procedimento regular de rotina de fiscalização, esteve na última segunda-feira, 19, na empresa Alumetal Placas de Identificação Ltda.

No local, foram constatadas diversas irregularidades, além da ausência de licença ambiental válida. Uma equipe do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) também foi acionada para avaliar as condições de trabalho dos funcionários que realizam o manuseio de produtos químicos.

Diante das constatações, um laudo técnico, indicando a necessidade de regularização das atividades foi emitido pelo município. Até que as adequações sejam feitas, a empresa está impedida de realizar qualquer atividade.

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