O luto oficial de três dias em Blumenau em razão da morte do professor e ex-secretário de Administração Aroldo Bernhardt é uma elegância política digna de nota num tempo em que tratar adversário como inimigo virou regra. A deferência do prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) a um homem de esquerda, petista e opositor do atual governo municipal funciona como respiro de civilidade no Brasil de 2022.

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Aliás, faz justiça a Bernhardt, alguém elegante ao tratar de política. Deixou a prefeitura com o fim do governo Décio Lima (PT), mas permaneceu militando e escrevendo artigos sobre o país e Blumenau. Num deles, publicado pelo Informe Blumenau em 2019, descreveu assim a cidade:

“Blumenau é assim: prédios vetustos e simbólicos de uma época clássica dando espaço ao útil adequado às exigências modernas. Loura, mas nem tanto; palco de longas polêmicas as mais diversas em conteúdo e importância; progressista, porém conservadora; claustrofóbica entre montanhas e morros, mas ávida pelo farfalhar dos ventos. E acima de tudo orgulhosa e altiva”.

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Luto em Blumenau por ex-secretário petista é gesto de elegância política

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