Um manifesto assinado por 121 entidades empresariais de Santa Catarina e divulgado nesta quinta-feira (5) endossa a posição do governador Carlos Moisés (sem partido) no impasse com o DNIT sobre a duplicação da BR-470. Os empresários defendem a aplicação dos R$ 200 milhões oferecidos pelo Estado nos lotes 1 e 2, entre Navegantes e Gaspar. O texto chama de “surreal” a demora no investimento dos recursos uma vez que “acabou o dinheiro do governo federal.
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A mobilização em torno do documento foi liderada pela Associação Empresarial de Rio do Sul (Acirs), com o apoio da Associação Empresarial de Blumenau (Acib). Também assinam associações de outros municípios e regiões do Estado, Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL), Associações de Micro e Pequenas Empresas (Ampe), sindicatos patronais, além da FCDL, da Facisc e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea).
No manifesto, as entidades demonstram estar por dentro dos detalhes de cada um dos lotes da rodovia. Alegam que o número de desapropriações pendentes nos lotes 3 e 4 desaconselham a alocação dos recursos entre Blumenau e Indaial.
“Para arrancar nos lotes 3 e 4, entre Gaspar e Indaial, o desafio do DNIT será muito maior. A autarquia terá a missão de conduzir mais de 450 desapropriações. Antes de serem ajuizados, muitos destes processos terão de passar por novos levantamentos topográficos, avaliações técnicas, elaboração de laudos e atualizações cadastrais”.
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O manifesto baseia-se em um relatório de gerenciamento elaborado pelo consórcio Dynatest/HPT para o governo federal. Seriam necessários cerca de R$ 10 milhões para desapropriar todas as 37 áreas ainda pendentes nos lotes 1 e 2. Bem menos que os R$ 130 milhões estimados para os lotes 3 e 4.
Os empresários também batem duro na falta de manutenção da rodovia e na falta de um horizonte para duplicar o trecho do Alto Vale do Itajaí da BR-470.
“Vários trechos estão literalmente abandonados com a rodovia em situação de calamidade. Já é de ciência que o novo programa de manutenção em licitação pelo DNIT/SC iniciará defasado – sem condição de atender a todas as demandas de recuperação funcional existentes”.
O texto finaliza dizendo que a duplicação da BR-470 era uma questão de prioridade, mas agora é “questão de sobrevivência”.
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