Incentivador das sessões remotas na Câmara de Vereadores de Blumenau, o presidente da Casa, Marcelo Lanzarin (MDB), acredita que reações negativas à medida sejam sintoma da falta de compreensão sobre a gravidade da pandemia de Covid-19. O vereador nega que a mudança tenha relação com a campanha eleitoral.

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A coluna revelou que o esvaziamento do plenário repercutiu mal entre servidores do Legislativo. Isso porque os serviços administrativos continuam sendo presenciais. Nos bastidores, o debate sobre a medida incluiu preocupações com o período de campanha. E a decisão veio acompanhada da mudança das sessões para o período matutino — neste caso, com motivação eleitoral declarada.

Lanzarin afirma que a direção da Câmara orientou coordenadores de setores a liberar servidores em grupos de risco. Em algumas áreas, segundo ele, há revezamento de profissionais em home office. Quanto aos gabinetes, cada parlamentar tem autonomia para definir o esquema de trabalho. 

O vereador também disse que a maioria dos vereadores de Blumenau permaneceu no prédio do Legislativo durante a primeira sessão remota, terça passada, porque ainda havia questões técnicas a serem resolvidas. 

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Médico que fez carreira no serviço público e secretário de Saúde de Blumenau à época da pandemia do vírus H1N1, Lanzarin elogia a condução da crise atual pelo governo municipal, mas está preocupado com a disparada nos números de casos e internações:

— Esse momento que estamos vivendo é o mais delicado da pandemia. Já são quatro meses, ninguém aguenta mais. E agora é que deveríamos estar tendo mais cuidado — preocupa-se.

A próxima sessão remota será nesta quinta-feira, às 9h. Desta vez, o objetivo é transmitir a reunião pela TV Legislativa. Os pronunciamentos dos vereadores estão sendo gravados previamente. Assim, a sessão propriamente dita deve durar cerca de uma hora.