O socorro prometido aos motoristas da BR-470 não passa de remendos. Na segunda-feira (6), máquinas e trabalhadores cobriram crateras no asfalto em Blumenau, Indaial, Ibirama e Rio do Sul. Mas nem é preciso ser engenheiro para notar a fragilidade do conserto. Vai durar menos que promessa do governo federal.
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Na semana passada, em resposta a um questionamento da Câmara de Vereadores de Blumenau, o DNIT prometera uma operação de fresagem para recuperar o pavimento, quando o asfalto velho é raspado e substituído. Na prática, imagens divulgadas pelo DNIT (veja galeria no fim do texto) mostram que o conserto ocorre pontualmente, nada mais que um tapa-buracos emergencial.
Na terça-feira, devido à chuva mais forte, o trabalho foi interrompido. Quando os operários retornarem à rodovia, é provável que a água e a passagem de veículos pesados já tenham levado parte do material depositado na pista.
A buraqueira obriga caminhões enormes a desviar para o acostamento. Nas borracharias, motoristas acumulam-se, obrigados a interromper viagem. À noite e com chuva, é impossível enxergar as armadilhas no meio da pista.
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Faz mais de um ano que a situação está nessa condição. Não é por falta de aviso. No fim do ano passado, o então ministro Tarcísio Gomes de Freitas chegou a justificar o corte de verbas da duplicação da BR-470 dizendo que o dinheiro seria redirecionado para manutenção. Esta manutenção?
Com uma ponte condenada em Pouso Redondo, outra em situação precária em Ibirama, somadas à buraqueira e uma duplicação interminável, a principal conexão do Oeste com os portos catarinenses, hoje, parece uma picada.
É vergonhoso.
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