Durou apenas três horas o anúncio da Câmara de Vereadores de Blumenau de que os servidores do Legislativo poderiam trabalhar de casa pelas próximas duas semanas. A medida, anunciada às 16h40min desta quinta-feira (29), como estratégia para conter um surto interno de Covid-19, foi suspensa às 19h50min. 

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O temor de que o eleitorado reprovasse a ideia e descontasse nos parlamentares que concorrem à reeleição explica o recuo. Integrantes da Mesa Diretora julgaram que os cidadãos poderiam interpretar o trabalho remoto como subterfúgio para que os assessores atuassem nas campanhas eleitorais.

Sem consenso, a resolução que determinava o home office para os setores administrativos foi substituída por uma orientação aos servidores: “Considerando o aumento de casos suspeitos e confirmados de COVID-19 entre nossos colaboradores, orientamos vossas senhorias a priorizar a flexibilização da jornada e o trabalho remoto previstos no artigo 1o da Resolução MD n. 3405/2020, de 14/04/2020, mediante autorização da chefia imediata”.

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Há ao menos seis casos confirmados e outros suspeitos identificados em sete setores diferentes da Câmara, incluindo gabinetes de parlamentares. O vereador Sylvio Zimmermann (PSDB) confirmou que recebeu teste positivo. As sessões ordinárias da Câmara de Blumenau estão sendo promovidas de maneira remota desde o início de julho.