A contratação de Jadson, anunciada pelo Avaí no início da noite desta quinta-feira, surpreende e vai impor grandes desafios de adaptação da equipe para que o meia seja realmente útil e ajude na briga pelo acesso.
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A explicação é simples: os perfis do time atual e do próprio jogador não casam. O Avaí é uma equipe que procura jogar com intensidade, correndo e marcando muito, sem ter como ponto forte a posse de bola e jogadas muito elaboradas para abrir as defesas adversárias. Jadson é meia de bola no pé, muita qualidade, de elaboração de jogo, de boas finalizações, mas com um estilo mais cadenciado e que contribui quase nada em intensidade e marcação.

Basta comparar com o estilo de Lourenço, que ocupa a posição no time atual. Lourenço é intensidade, correria, aplicação tática e jogo coletivo. Não há brilho, há entrega. Jadson é bola no pé, um meia mais centralizado, muito mais do passe e da posse de bola do que correria e entrega.
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E o Avaí não joga por dentro. Desde o começo do ano discutimos o meia, que pouco contribui porque o jogo do Avaí é pelos lados do campo. Inclusive o meia que o Avaí tem, que é Vinícius leite, joga pelo lado do campo.
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Nessa avaliação também entra a pouca efetividade de um jogador que nos últimos dois anos pelo Athlético-PR jogou apenas 30 jogos. Este ano foi titular apenas em quatro jogos no Brasileirão, sendo 13 ao todo nas competições disputadas pela equipe.
Jadson está quase com 38 anos e nas últimas temporadas tem tido problemas com lesões e com forma física. Ninguém discute a qualidade dele. Os questionamentos são de rendimento físico.
A boa notícia é que o Athlético recuperou o jogador fisicamente – ele está bem, segundo relatos dos colegas que acompanham o clube paranaense. O problema lá foi o mesmo que pode ser aqui: a intensidade no jogo. O time teria que se moldar a ele. Esse é o grande desafio para o Avaí e para Jadson.