Depois de toda a repercussão, que foi mundial, a Liga Espanhola e a Federação Espanhola de Futebol, começaram a anunciar ações, numa espécie de tentativa de reação contra os ataques racistas sofridos por Vini Jr. durante a temporada. A resposta das autoridades veio com medidas pálidas e tardias.

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É preciso intransigência contra o racismo no esporte

E não se trata de desvalorizar as primeiras prisões, que ocorreram nesta terça-feira na Espanha. Mas constatar que demoraram quatro meses desde que um boneco que representava Vini Jr. foi pendurado em uma ponte, simulando um enforcamento, antes do clássico Real Madrid x Atletico Madrid. Quatro meses depois e por causa da pressão. Por que não foi feito antes?

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Não se trata de desvalorizar as primeiras punições anunciadas ao Valência, que recebeu uma multa e vai ter parte da arquibancada de seu estádio fechada para as próximas rodadas de La Liga. Mas perceber que durante toda a competição Vinícius foi chamado de “macaco” e quase nada ocorreu com os torcedores e clubes. 

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As punições anunciadas ainda são brandas. Ecoam apenas como uma satisfação à repercussão gigantesca do caso. Até mesmo a retirada, a anulação, do cartão vermelho recebido pelo brasileiro no jogo de domingo.

Jogadores de Barcelona e Real Valladolid posaram nesta terça com faixa contra racismo produzida por La Liga e Federação Espanhola de Futebol (Foto: reprodução/ Twitter LaLiga)

Punição real seria fechar o Mestalla, o estádio do Valência. Punição real seria decretar a derrota do Valência no jogo, como determina o protocolo da Fifa. Punição real seria demitir o executivo da La Liga, Javier Tebas, que contestou e culpou publicamente Vini Jr., que foi e é tão somente a vítima de racismo no caso do último domingo.

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Ainda estamos todos aguardando medidas duras, sérias, reais… as que vieram até agora tentam fazer apenas calar a boca da opinião pública e seguem no campo do faz de conta, como as faixas contra o racismo produzidas rapidamente pela Federação e pela La Liga para ilustrar o jogo do Barcelona, realizado ontem. Como escreveu o próprio Vini Jr.: hashtags não nos comovem!   

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