A vitória de 1 x 0 da Seleção Brasileira sobre o Paraguai garantiu a classificação para a Copa do Mundo 2026, mas ainda deixou o torcedor aflito com o futebol apresentado pela equipe, agora comandada por Carlo Ancelotti pela segunda partida. Em campo, o time refletia a trajetória das Eliminatórias da Copa do Mundo, em que cometeu muitos erros e esteve bastante irregular.

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Brasil vence a primeira com Ancelotti e garante vaga na Copa do Mundo de 2026

Foi um jogo tenso, com uma atmosfera nervosa que pude ser testemunha no estádio do Corinthians, em São Paulo. O torcedor brasileiro foi lá para comemorar a classificação para a Copa do Mundo, mas nem mesmo no apito final conseguiu soltar um grito forte e alegre. O sentimento era de alívio e ao mesmo tempo preocupação.

Solidez defensiva da Seleção de Ancelotti é mostra para Copa

Não foi uma grande atuação, longe disso. Mas alguns aspectos foram positivos e garantiram a vitória. O primeiro deles foi a melhora na solidez defensiva. O time esteve mais seguro atrás, com a grande novidade desta passagem de dois jogos da data Fifa, o zagueiro Alex, mostrando firmeza e bom futebol ao lado de Marquinhos.

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Organização defensiva e nada mais: a estreia de Ancelotti na Seleção Brasileira

Em dois jogos com Ancelotti, o Brasil não tomou nenhum gol. Não foi por acaso. É mérito do italiano. A Seleção terminou o jogo contra o Paraguai com quatro zagueiros na linha defensiva: Danilo, Marquinhos, Alex e Beraldo. Um indicativo do que pode vir a ocorrer até a Copa.

Intensidade, compactação e obediência tática

A Seleção não teve brilho na noite de Itaquera, mas questões importantes do jogo coletivo apareceram. Primeiro a entrega dos jogadores, sempre cumprindo taticamente o que era necessário. O Brasil jogava com quatro atacantes e com o meio de campo esvaziado somente com muita entrega e obediência tática seria possível ter sucesso na disputa com o Paraguai. Foi o que ocorreu.

Tradicional seleção está fora da Copa do Mundo de 2026

O time esteve intenso e compacto na defesa e no ataque. Errou bastante, é verdade, mas nada que não fosse previsível diante do que vinha sendo apresentado durante toda a campanha das Eliminatórias Sul-americanas.

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Raphinha e Martinelli comandaram

Novidade na escalação, o ponta Martinelli, do Arsenal, foi o dono das melhores jogadas no primeiro tempo, infernizando a defesa paraguaia. Pela primeira vez, o veloz atacante mostrou que pode ser verdadeiramente útil à Seleção.

Ancelotti repete formato de Seleção que causou demissão de Dorival Júnior

Raphinha foi o grande comandante do ataque. Sempre chamava a responsabilidade, jogando deslocado pela direita. Diferentemente do que faz no Barcelona, onde joga no meio, o camisa 11 foi um dos destaques da Seleção de Ancelotti, numa noite que a outra “estrela”, Vini Jr. errou muito e só brilhou no gol.

Raphinha de volta e as mudanças no ataque da Seleção Brasileira contra o Paraguai

Outros jogadores foram importantes, como Marquinhos e Alex, os zagueiros. A volta de Casemiro também foi acerto de Carletto para a Seleção. E no meio Bruno Guimarães fez boa partida ao lado de Casemiro. Outro que merece elogios é Matheus Cunha, que foi muito melhor que Richarlison, o grande equívoco da convocação do italiano.

A Copa do Mundo e o trabalho de Ancelotti na Seleção

Falta exatamente um ano. No dia 11 de junho de 2026 começa a Copa do Mundo dos Estados Unidos, do México e do Canadá. Ancelotti vai ter muito trabalho até lá. Na coletiva, após a classificação, o técnico disse que tem uma lista de 70 jogadores para observar, mas que gostou do grupo da convocação atual.

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Até a Copa do Mundo, Ancelotti vai ter que fazer a Seleção Brasileira evoluir muito para poder encarar os grandes adversários do futebol mundial, que hoje são Argentina, França, Espanha, Inglaterra e até Portugal. Para ganhar o Hexa, o futebol da Seleção precisa voltar a ter brilho, confiança e qualidade individual e coletiva.