Em tempos de inflação nas alturas, aumento real de salário é luxo e raridade em Santa Catarina. Dados do boletim Salariômetro levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a pedido da coluna mostram que, entre janeiro e abril deste ano, somente quatro (15%) das 26 categorias profissionais pesquisadas no Estado tiveram reajuste mediano nos vencimentos acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
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O estudo mostra que 12 classes de trabalhadores ficaram no zero a zero, apenas repondo a inflação aos salários, e outras 10 tiveram reajustes abaixo do INPC. Ou seja, 22 (85% do total) categorias foram privadas de aumento de poder de compra. O levantamento considerou 218 negociações feitas no período, sendo que apenas 15 (cerca de 7%) resultaram em aumento real – a maioria das categorias computa mais de um acordo.
Entre os poucos felizardos estão trabalhadores de indústrias extrativas, que tiveram reajuste real mediano de 2,94%. Na ponte extrema, funcionários dos ramos de assessoria, consultoria e contabilidade e energia elétrica acumularam as maiores perdas, com reajuste real mediano 8,42% abaixo da inflação.
Na casa dos dois dígitos, a variação inflacionária desafia a economia por frear o consumo. Para muita gente a máxima de que há muito mês para o salário se tornou realidade nos últimos meses.
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