Empresários e profissionais liberais de Santa Catarina estão entre os principais investidores de um hotel de alto padrão da renomada bandeira Kempinski em Canela, na Serra Gaúcha. O empreendimento, que vai custar pouco mais de R$ 1 bilhão, terá 30 mil metros quadrados de área privativa e 351 apartamentos no modelo de hotelaria e propriedade compartilhada. As obras já começaram e a primeira fase, com 128 apartamentos e áreas comuns, deve ser inaugurada em fevereiro de 2027.
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O hotel será o primeiro na América do Sul da Kempinski, um dos mais antigos grupos hoteleiros da Europa, fundado na Alemanha e hoje com sede na Suíça, e que atualmente tem como acionista majoritário a família real do Bahrein. Ele vai ocupar um empreendimento que já existia no local, o Hotel Laje da Pedra, à beira do Vale do Quilombo. Tudo está sendo inteiramente reformado.
O novo hotel em Canela se junta a uma rede que já tem outros empreendimentos na Europa, Ásia, Oriente Médio e África. No Rio Grande do Sul, os apartamentos vão variar de 53 a 209 metros quadrados. Eles serão decorados e mobiliados com uma sofisticação de padrão internacional, diz José Ernesto Marino Neto, um dos sócios do projeto. A gestão e manutenção dos quartos ficam a cargo da Kempinski.
Fotos mostram como será o hotel
O complexo também contará com nove operações gastronômicas, entre elas restaurantes de especialidades com chefs internacionais da Kempinski, wine bar, lounge com jogos e pistas de boliche e rooftop com drinks autorais e shows musicais. A infraestrutura contemplará ainda piscinas, spa com mais de mil metros quadrados, fitness center, centro de convenções, salão de eventos, praça de convivência com lojas e serviços e um anfiteatro à beira do Vale com programações culturais ao ar livre.
Os catarinenses, até agora, representam 16% dos 540 proprietários do Kempinski Laje de Pedra, um percentual que só não é superior à participação gaúcha. Segundo Marino, a lista inclui médicos, advogados, industriais, comerciantes, investidores do mercado imobiliário e funcionários públicos do alto escalão, como juízes, promotores e desembargadores.
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— É uma tradição dos catarinenses em gostar da Serra Gaúcha. É uma relação parecida com a que o gaúcho tem com as praias de Santa Catarina — compara Marino.
Padrão internacional
Com 36 anos de experiência no ramo hoteleiro, Marino decidiu apostar no negócio depois de receber um convite da antiga dona do hotel para analisar o ativo. O diagnóstico apontou que a melhor alternativa seria um empreendimento de alto padrão, dentro do conceito de economia compartilhada, onde os proprietários adquirem frações de uso (divididas em semanas) dos imóveis, que também podem ser locados. A bandeira Kempinski é a cereja do bolo.
— Existem hotéis de luxo e a Kempinski. É uma companhia que só tem hotéis fabulosos. O de Istambul, por exemplo, era o palácio de um sultão. O de Munique foi lar do rei da Baviera — propagandeia.
Marino exala confiança no sucesso do projeto. Diz que, um mês atrás, recebeu a visita de um grupo de executivos da Kempinski, de áreas como arquitetura, engenharia e gastronomia, para uma imersão no projeto. Saíram, segundo o empresário, dizendo que o hotel de Canela estará entre os cinco melhores da companhia no mundo.
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