A Sociedade Maçônica Regional (Somar) espalhou, nesta semana, outdoors pelas ruas de Blumenau que mostram o crescimento das despesas da Câmara de Vereadores entre os anos de 2009 e 2017. A ação, claro, repercutiu.
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Presidente da Somar, Alex Evaldt de Aragão nega que a iniciativa tenha motivação política, como chegou a se especular em alguns meios.
— Não queremos atacar ninguém. Queremos abrir uma discussão para modificar esse cenário atual — defende Aragão.
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Embora a peça não cite nomes e não tenha críticas textuais diretas ao aumento das despesas do Legislativo, a seta para cima indicando crescimento de mais de 170% nos gastos, de R$ 9,5 milhões para R$ 26 milhões, deixa claro o tom de desaprovação.
Em junho, o chamado G6, formado pelas principais entidades representativas de Blumenau, apresentou à direção da Câmara uma sugestão para redução do número de cargos da estrutura legislativa. Nos bastidores, a informação é de que a proposta gerou certo mal-estar na relação entre empresários e políticos.
A Somar é uma das entidades que apresentaram uma carta, nas eleições de 2016, aos candidatos a prefeito de Blumenau sugerindo redução de custos na administração pública, incluindo a Câmara.
Contraponto
O presidente da Câmara, Marcos da Rosa (DEM), questiona o “momento” em que a ação ocorre, às vésperas das eleições. Alega que há questões a serem consideradas que o gráfico não deixaria claro, como variação da inflação e crescimento vegetativo da folha salarial dos servidores. E que está preparando um material de contraponto, que apontará a economia feita pelo Legislativo nas últimas gestões – algo que ele já havia destacado.
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O parlamentar também acrescenta que sempre esteve aberto ao diálogo para tratar do assunto.
