Sinônimo de requinte, a famosa marca catarinense de calçados Parô, que surgiu no polo produtor de São João Batista, pode ter um novo dono em breve. O ativo vai a leilão no dia 13 de outubro, com lance inicial de R$ 989 mil. Se não surgirem propostas, uma segunda chamada, 10 dias depois, vai aceitar ofertas pela metade do valor.

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A Parô foi criada pela antiga indústria calçadista La Monella, que teve a falência decretada em 2002. Apesar de a empresa ter quebrado, a marca continua no mercado, embora seja alvo de uma disputa judicial. Ela foi reivindicada por uma outra empresa em uma ação de restituição, abrindo uma batalha jurídica sobre a real propriedade.

Essa cessão da marca, no entanto, foi considerada irregular pela Justiça em primeiro grau, alega o escritório Wilhelm & Niels Advogados Associados, responsável pela administração judicial da massa falida da La Monella por meio da figura do sócio Alcides Wilhelm.

O escritório sustenta que, no entendimento da Justiça, a marca Parô, registrada junto ao INPI, segue como patrimônio da massa falida da companhia e deve ser levada a leilão para que os valores arrecadados com uma possível venda sejam usados para pagar credores.

Ainda há possíveis desdobramentos do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Fonte: Anuário Valor 1000. Crédito das imagens: Divulgação e Arquivo NSC Total

Valor

Laudos concluíram que o faturamento base de produtos da Parô pode ser estimado entre R$ 10,3 milhões e R$ 20,3 milhões, o que ajudou a nortear o valor de avaliação da marca.

Ainda conforme o escritório, a grife teria sido utilizada indevidamente por outras empresas, inclusive com vendas divulgadas publicamente, enquanto a propriedade dela ainda era discutida judicialmente. Isso deve gerar no futuro novas ações para tentativa de reparação de perdas e danos.

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