Às vésperas da virada de ano, a Teka, uma das mais tradicionais indústrias têxteis catarinenses, que mantém fábrica em Blumenau, elegeu novos membros dos conselhos fiscal e de administração, cinco meses após uma decisão da Justiça afastar os antigos ocupantes das cadeiras. Realizada no dia 30 de dezembro, a assembleia geral que determinou a nova composição dos grupos revelou uma disputa de acionistas por influência na empresa, que está sob intervenção judicial.
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Duas chapas concorreram aos conselhos. Uma delas, a que se sagrou vencedora, teve os nomes indicados pela Alumni, um fundo de investimento que detém cerca de 25% das ações totais da Teka. A outra chapa teve nomes indicados por empresas que também são acionistas e controladas por membros da família Kuehnrich, fundadora da companhia.
O novo conselho de administração da Teka é formado por um time de profissionais das áreas de consultoria e contabilidade, majoritariamente com atuação em São Paulo e sob a liderança de José Paulo Marques Netto. A situação, porém, pode mudar porque há um litígio entre as partes e a própria realização da assembleia é questionada na Justiça.
Fotos mostram como é a produção na Teka
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Os membros dos conselhos fiscal e de administração têm obrigações estatutárias, mas neste momento não devem interferir nos rumos da gestão da Teka, que está sob intervenção da Justiça. Em junho do ano passado, o advogado Pedro Cascaes Neto foi designado para ser o novo administrador judicial da empresa, que está em recuperação judicial desde 2012.
— A minha expectativa enquanto administrador judicial é de que as pessoas que foram eleitas venham com o espírito efetivo de soerguer a Teka, respeitando a nossa comunidade e todos os trabalhadores que fazem parte dessa empresa — disse ele à coluna.
Cascaes Neto também confirmou que uma perícia contratada para avaliar em detalhes a atual situação financeira da Teka ainda está em andamento. As conclusões desse trabalho vão ajudar a nortear o futuro da companhia.
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