Conhecido do consumidor pelos postos de combustíveis, o Mime prepara uma forte investida no varejo de alimentos. A rede decidiu apostar em mercados de bairro, também chamados de “proximidade”. O plano é abrir comércios menores em áreas periféricas às dominadas pelos grandes atacarejos, formato que tem experimentado grande ascensão nos últimos anos.

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Sob a bandeira Ponto Mime, a empresa tem planos para instalar 100 desses mercados em Santa Catarina nos próximos anos. Uma loja piloto já funciona em Jaraguá do Sul desde fevereiro. A etapa inicial do projeto inclui a abertura de mais 15 na vizinha Joinville, diz Miguel Ziegler, head de negócios do Mime. O desempenho das primeiras unidades servirá de termômetro para determinar o ritmo da expansão, acrescenta o executivo.

Segundo Ziegler, a ideia é resgatar o conceito de mercado de vizinhança, onde “todo mundo era chamado pelo nome e conhecia o dono”. Pelo perfil, ele admite que não espera vender um volume muito grande de itens para cada cliente. O foco é na chamada compra de reposição, diferente da de abastecimento, geralmente feita em atacarejos ou hipermercados. O executivo calcula, por exemplo, que o tíquete médio deve girar em torno de R$ 45.

A loja-teste, em Jaraguá, tem 106 metros quadrados de área, mas Ziegler diz que o padrão será outro. Os próximos mercados devem ter em média 250 metros quadrados, com mix amplos de produtos. O investimento em cada unidade, projeta o executivo, pode variar de R$ 400 mil a R$ 1 milhão. Há casos em que o Mime pode construir do zero ou reformar algum ponto que já existe, o que explica a diferença no aporte.

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O varejo de alimentos não chega a ser uma novidade para o grupo. Os postos, espalhados por todo o Estado, já operam lojas de conveniências e a ideia é aproveitar a já consolidada estrutura logística e os contatos com fornecedores para facilitar o abastecimento. Apesar disso, Ziegler garante que os mercados terão uma operação independente – inclusive separados geograficamente –, sem vínculo com o negócio de combustíveis. Isso inclui a promessa de preços mais competitivos das mercadorias.

— Estaremos mais perto de um supermercado do que de uma conveniência — garante.

Apesar do foco inicial estar concentrado no Norte, o projeto inclui a abertura de unidades Ponto Mime em outras regiões, com foco nas cidades mais populosas. Em uma segunda etapa, a rede, que pertence ao Grupo Agricopel, quer investir em plataformas de e-commerce e também marcar presença em aplicativos de comida.

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