Uma startup catarinense de minimercados autônomos abertos 24 horas por dia, no modelo de franquias, está de malas prontas para os Estados Unidos. A Minha Quitandinha, que surgiu em 2020 em Balneário Camboriú, terá ainda neste ano a primeira unidade internacional. A cidade americana escolhida foi San Diego, na Califórnia.
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O contrato com o franqueado já está assinado e a unidade servirá para a empresa testar o modelo em outros países, disse à coluna Douglas Pena, um dos sócios-fundadores da Minha Quitandinha.
— O Brasil foi um dos pioneiros nesse nicho de mercados dentro de condomínios. Lá fora existem as machines (máquinas para compra de produtos). A gente entendeu que somos uma venda machine com esteroides, melhorada — avalia ele.
Em julho, a Minha Quitandinha abriu em Guarapuava (PR) a unidade de número 400 no Brasil. Pena estima que nove em cada dez desses minimercados autônomos ficam dentro de condomínios residenciais – em contêineres ou áreas ociosas – com pelo menos 80 apartamentos, quantidade mínima para que o negócio tenha giro e dê retorno financeiro ao investidor.
Por outro lado, a startup tem avançado em ambientes corporativos, como escritórios e empresas, além de universidades.
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— Isso faz com que a gente tenha mais segurança de ir para fora — explica Pena, informando que a primeira experiência nos Estados Unidos será justamente nesta área, já que por lá, segundo ele, “o residencial é mais burocrático”.
Em média, os minimercados autônomos têm 15 metros quadrados e entre 300 e 400 produtos. O “cardápio” costuma ser montado de acordo com uma pesquisa prévia sobre os hábitos de consumo da freguesia. Em ambientes corporativos, o mix, diz Pena, costuma ser menor, mas isso se compensa com margens melhores.
O investimento em uma franquia da marca parte de R$ 45 mil, com previsão de retorno (o chamado “payback”) em 12 meses, prazo menor do que a média. As unidades têm um faturamento médio de R$ 20 mil, com 20% de lucro líquido.
Apesar da previsão da nova loja nos Estados Unidos, a Minha Quitandinha vê uma expansão para fora do Brasil ainda com ressalvas. Pena diz que já recebeu sondagens de possíveis franqueados em Portugal e na Espanha, mas trata o interesse com cautela.
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— O processo de internacionalização toma tempo e custo. Temos preocupação em entender o mercado e não negligenciar o potencial nacional. Ainda temos uma capacidade de expansão muito grande.
Pena estima que existam, no Brasil, entre 15 mil e 20 mil minimercados autônomos. Indo além de condomínios residenciais, há muito espaço para crescer, avalia. A Minha Quitandinha, por exemplo, quer chegar a 600 lojas até o fim do ano. Se a meta se confirmar, a empresa deve duplicar o faturamento, chegando a uma receita anual de R$ 72 milhões.
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