A Teka protocolou nesta quinta-feira (18) na Justiça um novo plano de recuperação judicial, 13 anos após apresentar uma primeira proposta de reestruturação operacional e pagamento de dívidas. O documento agora será analisado pelo juiz Uziel Nunes de Oliveira, da Vara Regional de Falências, Recuperação Judicial e Extrajudicial de Jaraguá do Sul.

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Na petição, a qual a coluna teve acesso, a tradicional companhia de cama, mesa e banho de Blumenau alega que o documento reflete o atual estágio das negociações com credores e pede que ele seja juntado aos autos. Também reivindica a concessão de um novo “stay period” de 180 dias, uma espécie de blindagem da empresa, ao longo deste período, contra ações de execuções e cobranças.

O novo plano foi apresentado um dia depois da conclusão de uma auditoria conduzida pela empresa Grant Thornton, que passou um pente fino na situação financeira da Teka. O laudo, ao analisar a reestruturação dos passivos e ativos e as condições de liquidez, concluiu que a companhia é financeiramente viável, desde que as premissas, investimentos e propostas de financiamento informadas pela administração se confirmem.

“Neste cenário, caso efetivamente cumprido, entendemos que a Teka possuirá a capacidade de pagamento integral após renegociações das obrigações, passando a apresentar geração de caixa ao acionista”, cita a auditoria.

No novo plano, a Teka destaca avanços nas negociações com credores, em especial os acordos feitos com a Justiça do Trabalho para pagar dívidas antigas de funcionários. Também cita a possibilidade de venda de bens não operacionais espalhados em 10 cidades e avaliados em cerca de R$ 140 milhões como forma de gerar caixa e quitar débitos.

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Em outra frente, o documento menciona renegociações de dívidas tributárias, a possibilidade de captação de R$ 100 milhões para o negócio, por meio de um fundo de investimento, e a expansão da operação com um braço de varejo, como a coluna antecipou nesta semana.

Fotos mostram como é fábrica da Teka em Blumenau