Praticamente um em cada três brasileiros diminuiu o uso do carro desde a pandemia de Covid-19, mostra um estudo inédito feito pela Serasa em parceria com a Opinion Box, empresa de pesquisas de mercado. O levantamento revela ainda que a crise sanitária fez 38% dos entrevistados repensarem a necessidade de ter um automóvel.
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Entre os 31% que admitiram que reduziram o uso do veículo, quase metade (48%) apontou o crescimento de gastos com combustível como principal motivo. A pesquisa permitia mais de uma resposta. Outros 26% alegaram que passaram a trabalhar em home office, enquanto 22% informaram que atuam no modelo híbrido – parte no local de trabalho, parte em casa. Evitar gastos com manutenção (20%) e estresse no trânsito (18%) e queda na renda (18%) também foram citados.
Ainda segundo o estudo, 38% dos brasileiros já consideraram usar apenas aplicativos de transporte para se locomoverem. A possibilidade esbarra, no entanto, na dificuldade de comparar custos entre esta alternativa e a manutenção de um carro próprio, ponto citado por 20% dos entrevistados. A mesma lógica se aplica entre os 23% que cogitam alugar um veículo para o dia a dia.
Outro destaque da pesquisa é a maneira como o brasileiro enxerga a relação com o carro. Cada vez mais um veículo próprio é visto como uma ferramenta de lazer: 78% dos entrevistados disseram que a principal função do automóvel é permitir passeios em fins de semana. Outros 77% entendem que ele serve principalmente para compras e tarefas no dia a dia, enquanto 62% citaram a importância para a locomoção ao local de trabalho ou estudo.
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Finanças
A pesquisa da Serasa mostra também que seis em cada dez brasileiros ouvidos adquiriram automóvel nos últimos três anos, e que 77% dos carros em circulação no país foram fabricados a partir de 2010. Outro destaque: 90% dos entrevistados relataram que a compra foi planejada e 60% utilizaram algum meio de parcelamento.
O levantamento ouviu 2.067 pessoas em entrevistas online, feitas entre os dias 12 e 18 de dezembro. O questionário teve 45 perguntas, com margem de erro dos resultados de dois pontos percentuais.
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