Entre tantas apresentações que tivemos recentemente, o jogo que mais abriu um sorriso no meu rosto foi a volta do clássico Goldeneye 007, que poderá ser revisitado no Nintendo Switch e Xbox. O game, originalmente do Nintendo 64, é o meu favorito do gênero tiro em primeira pessoa. Não pude deixar de sorrir pensando em jogá-lo novamente e sigo sorrindo.
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Apesar de o game ser muito famoso pelo modo multijogador em tela dividida, para mim o modo campanha sempre foi a atração principal.
Ele me marcou demais e muitas das minhas atitudes e forma de jogar outros games são claramente influenciadas por esta obra-prima. E quem quer que seja que tenha os direitos do espião James Bond pode ficar bem feliz porque comecei a ver os filmes por causa do jogo e faço questão de vê-los no cinema.
Para explicar por que gosto tanto de Goldeneye 007, vamos voltar um pouco no tempo. Falarei de outros jogos para explicar o que o game do James Bond faz de diferente.
Existe meio que um consenso de que o primeiro título de tiro em primeira pessoa é o Wolfenstein 3D, de 1992. Ele foi feito pelo estúdio id, que agora está no guarda-chuva da Bethesda, para os computadores. Só que outro jogo da empresa ficou mais famoso: o Doom, de 1993.
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Deste você já deve ter pelo menos ouvido falar. O seu personagem anda por fases no estilo labirinto, derrotando monstros, e precisa encontrar onde é o final do nível. Para passar, às vezes é preciso encontrar chaves, mexer em uma alavanca ou encontrar uma passagem secreta.
Por outro lado, temos um outro estilo de jogo de tiro em primeira pessoa que ficou bem popular, o do Call of Duty, mais ou menos a partir do Modern Warfare, de 2007. Este é um estilo mais militar, e bem mais linear. Geralmente, as fases podem lembrar corredores, e há alguns objetos no cenário colocados estrategicamente para o seu personagem ficar atrás e levar menos tiro.

Nesses jogos, a ideia é você saber a hora de atirar e quando é melhor se proteger. E ir alternando. O desafio aqui não é tentar encontrar o fim da fase, já que o game é mais linear. Faço um parêntese para dizer que faz alguns anos que não jogo mais Call of Duty, então não sei exatamente se ele segue nessa fórmula. Os comentários aqui são da era do meio pro final da vida do Xbox 360.
E onde Goldeneye 007 se encaixa nisso tudo? Então, ele não se encaixa exatamente. As fases não são labirintos, como em Doom, mas também não é só se proteger e atirar, como em Call of Duty. A atração de Goldeneye está em ser um meio termo. Você, como um bom espião, deve cumprir missões.
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Com Goldeneye 007, eu aprendi a destruir câmeras e alarmes antes de tudo. Algo que me peguei fazendo no Mass Effect, por exemplo, que estou jogando agora. Apesar de que não sei se a Shepard ser pega no vídeo vai ter alguma influência ou se a câmera é apenas decorativa.
No Goldeneye, não adianta sair atirando em todo mundo porque algumas das missões envolvem resgatar reféns ou encontrar outros espiões. E é preciso ficar atento a tudo, para encontrar algum item que você deve pegar para completar os objetivos, ou algum canto em que você possa usar suas bugigangas para escapar, ou o local onde você precise colocar explosivos. Cada fase é diferente, em cada uma há tarefas diversas a serem cumpridas.
Outra coisa muito elogiável deste game é que a mudança de dificuldade envolve mais objetivos a serem feitos. Ou seja, no nível mais fácil, há menos tarefas obrigatórias. O aumento na dificuldade não é só aquele bobo aumento de energia do inimigo e você levar mais dano.
Acho legal demais essas formas mais elaboradas e, na prática, mais inteligentes, de elevar o nível, pois obrigam o jogador a fazer mais, a ser melhor em atividades que não sejam só o combate.
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Por essas e outras, estou muito animada para jogar Goldeneye 007 novamente, quem sabe com controles um pouco mais modernos. Seja no Switch ou no Xbox, espero que você também possa dar os seus rolês com o James Bond.
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