Uma das coisas difíceis de entender em Florianópolis é a resistência que os chamados “defensores” da cidade e do meio ambiente têm de decks de madeira que servem de acesso para a praia em condomínios e para a população em geral como uma estrutura pública. O fato de um condomínio propor e bancar a estrutura não é aceito muitas vezes. Nem pela parte barulhenta da comunidade, e que usualmente é pouco representativa, e também, às vezes, pelos órgãos ambientais. 

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De fato, trata-se de uma bandeira ideológica. Temos ótimos exemplos de decks que formam corredores ecológicos protegendo as dunas e com a vegetação crescendo no entorno, formando locais arborizados e protegendo o ecossistema local, como na praia da Daniela, no norte da Ilha de Santa Catarina. E são públicos e com acessibilidade.

Vegetação sobre o deck de madeira: proteção ao meio ambiente e segurança
Vegetação sobre o deck de madeira: proteção ao meio ambiente e segurança (Foto: Arquivo pessoal)

O contrário disso são as picadas na mata em meio à restinga por cima das dunas. Sem lixeiras, iluminação ou segurança. E sem acessibilidade, como nos decks de madeira.

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É a turma que adora uma servidão mas não permite um deck que protege a restinga. A questão, aqui, não é ecológica, é ideológica e contra o capital. 

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