A Lagoa da Conceição tem uma chance de ouro para criar um pacto coletivo com ações de curto, médio e longo prazos que apontem soluções para o esgotamento sanitário. A espuma densa que atinge o local desde o dia 11 de outubro e assusta moradores e comerciantes locais serviu para se buscar um pacto coletivo como fio condutor deste processo.

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A ideia surgiu no programa Conversas Cruzadas da CBN Floripa desta segunda-feira (20), que reuniu o professor e pesquisador da UFSC, biólogo Paulo Horta, o secretário de Meio Ambiente de Florianópolis, Alexandre Waltrick, e o presidente da Associação dos Moradores (Amolagoa), Kléber Pinho.

Espuma é mais um caso que escancara poluição na lagoa:

É este pacto que deve surgir da reunião convocada pela Amolagoa às 19:15 na Casa das Máquinas, na Praça Bento Silverio. É esse pacto que pode salvar a lagoa de sua histórica poluição.

A intenção é que as autoridades sejam cobradas para que se tenha um plano de ação definitivo para a Lagoa. Não se pode tratar mais a questão apenas a cada crise que surge, de forma reativa.

É uma vergonha que o único tratamento de esgoto na área seja a lagoa de evapoinfiltração nas dunas das Rendeiras. A estrutura, que deveria ser temporária, está há décadas no local. Em 2021, houve o trágico extravasamento da unidade.

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Agora,  é o momento do prefeito Topázio Neto liderar a construção de um projeto. Um grupo de trabalho que reúna UFSC, IFSC, Sinduscon, Associação Moradores, Casan, entidades ambientais e Câmara de Vereadores e que se busque uma convergência mínima para avançar no principal: o que fazer e qual o modelo de tratamento a ser implementado para atender a região.

Para isso, será preciso que os interesses pessoais, corporativos, políticos e partidários estejam em terceiro plano. O interesse público precisa estar em primeiro lugar.

De forma madura, é possível avançar. Esta é a chance de salvar a lagoa e garantir a sua sustentabilidade no futuro. 

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