A Polícia Científica de Santa Catarina (PCISC) identificou duas substâncias psicoativas sintéticas inéditas no cenário forense. As análises laboratoriais confirmaram a presença de 4-hidroxi-N,N-dietiltriptamina (4-OH-DET) e 4-acetoxi-N,N-dietiltriptamina (4-AcO-DET). Ambas são triptaminas sintéticas, similares a compostos alucinógenos encontrados em plantas e fungos, como o DMT e a psilocina, mas produzidas em laboratório.

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A  descoberta ocorreu em fevereiro de 2025, em Joinville, durante a análise de uma apreensão com milhares de itens, incluindo selos, comprimidos de ecstasy e cigarros eletrônicos. 

Polícia Científica de SC identifica substâncias inéditas e muda lista de drogas proibidas pela Anvisa


Um dos produtos chamou a atenção da equipe do Laboratório de Química Forense: gomas comestíveis embaladas com apelo a efeitos “mágicos”. 

Com o resultado a PCISC seguiu o protocolo legal e comunicou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas, culminando na publicação da Resolução RDC nº 985, de 29 de julho de 2025, que incluiu os compostos na lista de substâncias proibidas no Brasil.

Muitas vezes os produtores de drogas sintéticas utilizam substâncias psicoativas que não estão na lista das proibidas justamente para fugir da tipificação penal de tráfico de drogas. A descoberta catarinense ajuda a impedir esse tipo de procedimento e garantir o enquadramento penal. 

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