O Brasil não terá lockdown. É um debate que chega a ser infantil. Temos casos isolados de restrições mais ou menos rígidas em cidades ou Estados. Mas lockdown nacional não teremos. E por uma razão muito clara. O presidente Jair Bolsonaro e grande parte da população não querem. E para uma medida desse porte precisa de vontade e articulação do poder executivo da nação, com articulação com Estados e municípios, controles das divisas entre os Estados e suporte financeiro. Até o debate economia versus pandemia enfraqueceu. 

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Os fatos impuseram a realidade: não se resolve a economia sem resolver a pandemia. Houve a carta de economistas e banqueiros onde citam até lockdown.  No âmbito estadual, já há mais vozes do setor produtivo que relatam que o problema não é mais discutir decretos do que pode ou não funcionar. As pessoas estão mais receosas e assustadas com o quadro grave da pandemia e reduziram um pouco a circulação. Falta gente para consumir nas lojas, bares e restaurantes e se hospedar nos hotéis. Não há coesão política e social para lockdown. 

Não há dúvida de que eles funcionam no curto prazo para achatar contágio, internações e mortes. Sem o suporte econômico e vontade política, entretanto, é inviável. Parece que preferimos viver no pensamento mágico de que tudo vai passar em breve. Fracassamos como país no combate ao vírus. A esperança é que o excedente de vacina dos Estados Unidos e de outros países do primeiro mundo, após eles atingirem a imunização, dê ritmo na imunização dos brasileiros. Até lá, vamos desarticulados, em meio à briga política e fake news aos trancos e barracos.

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