Pedra no sapato da atual administração estadual e munição das maiores críticas ao seu governo, Carlos Moisés decidiu contra-atacar usando uma variação da pergunta: “onde estão os R$ 33 milhões?”, uma referência à desastrada compra dos 200 respiradores.
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– Onde estavam os R$ 600 milhões que economizamos? – questiona o governador, em alusão à economia obtida revendo contratos e cortando despesas.
Em palestras nesta quarta-feira (17) a centenas de estudantes na Católica, em Jaraguá do Sul, e Univille, em Joinville, Moisés exibiu no telão o site do governo que detalha as ações do Estado para recuperar o dinheiro.
Neste momento, há R$ 34,1 milhões bloqueados pela Justiça em veículos, imóveis, contas e participações em empresas. O desafio é liberar o quanto antes pelo menos parte desses recursos para investir em saúde.
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Moisés destaca que a economia de mais de R$ 600 milhões está permitindo, por exemplo, investir R$ 428 milhões em bolsas de estudos para universitários pelo Uniedu apenas em 2021. Nos quatro anos de governo, o investimento em bolsas alcançará R$ 1,3 bilhão, 235% acima do período anterior.
“Enquanto algumas gestões recuam nos investimentos em pesquisa, nós continuamos acreditando na ciência e aumentamos em mais de 300% o número de editais da Fapesc”, afirmou Carlos Moisés.
Recado para quem?
Ao governo do presidente Bolsonaro. O congresso nacional cortou, em outubro, a pedido do Ministério da Economia, R$ 600 milhões do orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Metade dessa verba deve ser devolvida. Ao menos essa é a previsão do deputado Aliel Machado (PSB-BR), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Ele afirmou que o Ministério da Economia planeja devolver R$ 273 milhões para Ciência e Tecnologia. Mesmo assim, ficaria abaixo do previsto no Orçamento.
Já em Santa Catarina, o recado é para os governos anteriores, curiosamente, dos mesmos partidos que hoje dão sustentação ao governo Moisés.
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